Deixa eu plantar primavera
No jardim do coração?
Pra ter uma nova era
Dentro da tua emoção.
Deixa eu ser o sol nascente
No teu escuro horizonte?
Ou uma estrela cadente
Rasgando o cume do monte?
Deixa eu te fazer sonhar
No meu colo ou nos meus braços?
Ou te fazer desmaiar
No êxtase dos meus abraços?
Deixa eu te fazer carinho
Seja de dia ou de noite,
E fazer da cama ninho
Pra passarmos o pernoite?
Deixa eu te cantar meu canto
Só pra tentar te encantar?
Deixa eu ser teu, que garanto
Que nunca vou te deixar...
por Jénerson Alves Texto publicado na Coluna Dois Dedos de Prosa, do Jornal Extra de Pernambuco - ed. 625 Ao lado de outros poetas de Caruaru, entrei no apartamento onde o professor Reginaldo Melo está internado há três semanas, em um hospital particular. Ele nos recebeu com alegria, apesar da fragilidade física. Com a voz bem cansada, quase inaudível, um dos primeiros assuntos que ele pediu foi: “Ajudem-me a publicar o cordel sobre o Rio Ipojuca, que já está pronto, só falta ser levado à gráfica”. Coincidentemente, ele estava com uma camisa de um Encontro sobre a questão hídrica que participou em Goiás. Prof. Reginaldo (centro), ao lado de Espingarda do Cordel (e) e Jénerson Alves (d) Durante o encontro no quarto do hospital, ocorrido na última semana, quando Olegário Filho, Nelson Lima, Val Tabosa, Dorge Tabosa, Nerisvaldo Alves e eu o visitamos, comprometemo-nos em procurar os meios para imprimir o cordel sobre o Rio Ipojuca, sim. Além disso, vamos realizar – em n