Aprendemos a entender Deus como um Ser etéreo, que paira nos
mais altos céus. Ora com uma mão de ferro, para nos julgar, ora totalmente desinteressado
com nossas angústias e inquietações. Na Bíblia, vemos a revelação de um Deus
que sempre fez de tudo para se relacionar com o ser humano. No Antigo
Testamento, Ele próprio estabeleceu uma tenda para que pudesse estar com Israel
no deserto. No Evangelho, Ele se fez carne e habitou entre nós. Atualmente, Ele
mora dentro de quem O invoca. A manifestação dEle não se traduz em pirotecnia,
em grandes milagres, em eventos gigantescos, nem em pressões políticas. Pelo contrário.
O Eterno habita na senda do transitório, do efêmero. O Sublime se veste de
simplicidade. Seu aroma é percebido nas mais puras expressões de amor. No carinho
de um filho para os pais (e dos pais para os filhos), na mão que ajuda o
necessitado, na lágrima que rola por causa da dor alheia, no riso sincero pelo
bem comum, no brilho do olhar que revela esperança.
por Jénerson Alves Texto publicado na Coluna Dois Dedos de Prosa, do Jornal Extra de Pernambuco - ed. 625 Ao lado de outros poetas de Caruaru, entrei no apartamento onde o professor Reginaldo Melo está internado há três semanas, em um hospital particular. Ele nos recebeu com alegria, apesar da fragilidade física. Com a voz bem cansada, quase inaudível, um dos primeiros assuntos que ele pediu foi: “Ajudem-me a publicar o cordel sobre o Rio Ipojuca, que já está pronto, só falta ser levado à gráfica”. Coincidentemente, ele estava com uma camisa de um Encontro sobre a questão hídrica que participou em Goiás. Prof. Reginaldo (centro), ao lado de Espingarda do Cordel (e) e Jénerson Alves (d) Durante o encontro no quarto do hospital, ocorrido na última semana, quando Olegário Filho, Nelson Lima, Val Tabosa, Dorge Tabosa, Nerisvaldo Alves e eu o visitamos, comprometemo-nos em procurar os meios para imprimir o cordel sobre o Rio Ipojuca, sim. Além disso, vamos realizar – em n