Vou voar para o páramo da pureza,
Com o éter de Deus me embriagar,
Pra mim mesmo eu irei inter-rogar:
O que há é imprensa ou é empresa?
Se o incerto só perde a incerteza
Quando passa nas páginas dos jornais,
Pode um santo virar um satanás
Que a mídia falando encontra crente.
Quem na mão tem a massa quer somente
Ter na mão mais dinheiro e nada mais.
Se um escândalo qualquer acontecer
Vira guerra entre falsos moralistas,
Ficam a postos milhões de jornalistas
Disparando matérias pra vender.
Por faltar senso e ética vão fazer
O que a massa sem “massa” quer comprar.
Quem na guerra das vendas não entrar,
Foge logo do campo ou se explode.
O poder é tão grande e ninguém pode
O poder dessa mídia mensurar.
Quem do seu próprio ventre se assenhora
Tem veneno igualmente cobra brava...
Um Roberto Marinho, que pensava
Que era deus, mas voltou ao pó outrora
É a prova que quem sorrir, chora
No efêmero labor dos pecadores,
Vira pobre de luz e de amores
(Muito embora na grana ‘inda enriqueça)...
Esses tais “fazedores de cabeça”
Têm que pôr na cabeça outros valores.
O Brasil ‘tá jogado em um abismo:
Tem seqüestros, assaltos, corrupção,
Máfia, engodo, mentira, perversão,
Preconceito, chalaça, ódio, racismo,
Apartheid, tristeza e egoísmo,
Homens maus que esfriaram o coração,
Mas a mídia só tem a intenção
De mostrar o que quer que o povo veja
(Muito embora o que quer, nem sempre seja
Necesário fazer divulgação).
Mostram shows de malandros travestis
Confundindo moral de fato e ira,
Mas a morte do líder Eugênio Lira
Que há anos se sabe, ninguém quis.
Os cachês do Senado em meu país
Perdem espaço pra briga de casal.
Uma transa é um tema nacional
(Ciccarelli que diga a quem não crer):
Eis um lixo que temos que varrer,
Mas não vejo quem tenha garra tal.
Precisamos mudar esse cenário,
Transformando, formando a informação
Pra mudar esse povo em formação
Vira pouco o esforço necessário.
Se o burguês tem poder totalitário,
Toda a democracia é deturpada.
Vamos nossa “nação” alienada
Transformar em um povo forte, urgente
Promover um futuro diferente,
Que o presente que há não vale nada.
Jénerson Alves
Com o éter de Deus me embriagar,
Pra mim mesmo eu irei inter-rogar:
O que há é imprensa ou é empresa?
Se o incerto só perde a incerteza
Quando passa nas páginas dos jornais,
Pode um santo virar um satanás
Que a mídia falando encontra crente.
Quem na mão tem a massa quer somente
Ter na mão mais dinheiro e nada mais.
Se um escândalo qualquer acontecer
Vira guerra entre falsos moralistas,
Ficam a postos milhões de jornalistas
Disparando matérias pra vender.
Por faltar senso e ética vão fazer
O que a massa sem “massa” quer comprar.
Quem na guerra das vendas não entrar,
Foge logo do campo ou se explode.
O poder é tão grande e ninguém pode
O poder dessa mídia mensurar.
Quem do seu próprio ventre se assenhora
Tem veneno igualmente cobra brava...
Um Roberto Marinho, que pensava
Que era deus, mas voltou ao pó outrora
É a prova que quem sorrir, chora
No efêmero labor dos pecadores,
Vira pobre de luz e de amores
(Muito embora na grana ‘inda enriqueça)...
Esses tais “fazedores de cabeça”
Têm que pôr na cabeça outros valores.
O Brasil ‘tá jogado em um abismo:
Tem seqüestros, assaltos, corrupção,
Máfia, engodo, mentira, perversão,
Preconceito, chalaça, ódio, racismo,
Apartheid, tristeza e egoísmo,
Homens maus que esfriaram o coração,
Mas a mídia só tem a intenção
De mostrar o que quer que o povo veja
(Muito embora o que quer, nem sempre seja
Necesário fazer divulgação).
Mostram shows de malandros travestis
Confundindo moral de fato e ira,
Mas a morte do líder Eugênio Lira
Que há anos se sabe, ninguém quis.
Os cachês do Senado em meu país
Perdem espaço pra briga de casal.
Uma transa é um tema nacional
(Ciccarelli que diga a quem não crer):
Eis um lixo que temos que varrer,
Mas não vejo quem tenha garra tal.
Precisamos mudar esse cenário,
Transformando, formando a informação
Pra mudar esse povo em formação
Vira pouco o esforço necessário.
Se o burguês tem poder totalitário,
Toda a democracia é deturpada.
Vamos nossa “nação” alienada
Transformar em um povo forte, urgente
Promover um futuro diferente,
Que o presente que há não vale nada.
Jénerson Alves