Tive o privilégio de assistir a uma das exibições do filme “Papa-figo”, no Teatro João Lyra Filho. O longa é a mais recente produção do professor Menelau Júnior. Incrível como ele conseguiu reunir alunos e professores e, por meio de uma produção independente, produzir algo tão fascinante. O filme “ressuscita” a lenda urbana do psicopata que se alimenta do fígado de crianças. Inicia mostrando o caso fictício do assassinato de uma menina na cidade de Sairé-PE, há 30 anos. O irmão da vítima (interpretado pelo professor Veridiano Santos) torna-se investigador, em uma busca incontrolável para se vingar do homicida. Entretanto, ele necessitará da ajuda de uma adolescente, vivenciada pela jovem Renata Danyella. A atriz é um “filé” (no bom sentido, claro). De momentos de intimismo e reflexão a momentos de luta corporal, passando por cenas de romance, a beldade mostrou talento e versatilidade. Com esses comentários, quero registrar a minha felicidade em testemunhar o nascimento de uma grande estrela.
A edição foi profícua, mesclando as imagens com a trilha sonora (dirigida por Elias Guinho). Desta forma, o ritmo da ficção tornou-se agradável, com conflitos envolventes e desfecho inesperado. Além disso, o filme está recheado de conceitos e mensagens saudáveis. O amor adolescente associado ao compromisso ganha espaço em uma sociedade na qual muitos ensinam os jovens a “ficar”. A importância da família na formação do caráter também coadjuva na trama, podendo levar à reflexão acerca dos novos moldes familiares e suas conseqüências. O hábito da leitura figura como algo prazeroso e imprescindível, contrapondo-se à cultura da aversão ao saber, instituída pela mídia massificada que tenta vendar os olhos juvenis. Enfim, mais do que divertir, o “Papa-figo” alfabetiza visualmente e alarga o senso crítico dos espectadores. Fiquei feliz ao perceber que o teatro estava lotado de adolescentes. Percebi que não é verdadeira a afirmação de que os nossos jovens apenas apreciam pornofonias, sensualidade e baixo conteúdo. Lembrei-me daquele velho exemplo de Ariano Suassuna: “dizem que cachorro só gosta de osso, contudo apenas dão osso para o cachorro comer! Se derem filé, vão perceber que cachorro também gosta de filé”. “Papa-figo” é, na verdade, um pedaço grandioso de filé cultural, assado nas chamas do fogareiro da Capital do Agreste. Parabéns, Professor Menelau! E vá temperando outro pedaço de filé para o próximo ano, que Caruaru aguarda e a juventude precisa…
A edição foi profícua, mesclando as imagens com a trilha sonora (dirigida por Elias Guinho). Desta forma, o ritmo da ficção tornou-se agradável, com conflitos envolventes e desfecho inesperado. Além disso, o filme está recheado de conceitos e mensagens saudáveis. O amor adolescente associado ao compromisso ganha espaço em uma sociedade na qual muitos ensinam os jovens a “ficar”. A importância da família na formação do caráter também coadjuva na trama, podendo levar à reflexão acerca dos novos moldes familiares e suas conseqüências. O hábito da leitura figura como algo prazeroso e imprescindível, contrapondo-se à cultura da aversão ao saber, instituída pela mídia massificada que tenta vendar os olhos juvenis. Enfim, mais do que divertir, o “Papa-figo” alfabetiza visualmente e alarga o senso crítico dos espectadores. Fiquei feliz ao perceber que o teatro estava lotado de adolescentes. Percebi que não é verdadeira a afirmação de que os nossos jovens apenas apreciam pornofonias, sensualidade e baixo conteúdo. Lembrei-me daquele velho exemplo de Ariano Suassuna: “dizem que cachorro só gosta de osso, contudo apenas dão osso para o cachorro comer! Se derem filé, vão perceber que cachorro também gosta de filé”. “Papa-figo” é, na verdade, um pedaço grandioso de filé cultural, assado nas chamas do fogareiro da Capital do Agreste. Parabéns, Professor Menelau! E vá temperando outro pedaço de filé para o próximo ano, que Caruaru aguarda e a juventude precisa…