Pular para o conteúdo principal

Paulo Nailson desfilia-se do PT

Depois de pouco mais de dez anos filiado e militando quero explicar melhor essa opção, em respeito a quem compartilhou a atividade política comigo no PT, e a quem por três vezes nos acompanhou nas eleições internas do partido.

Saio do PT, onde conquistei grandes amigos e ainda mantenho um profundo respeito e gratidão, para afirmar a possibilidade de outro tipo de atuação política.
O que sempre aprendi sobre o PT, e sempre busquei viver estando nele, foi sua identificação e atuação junto aos movimentos sociais. Ajudando na formação e organização do povo para fazer valer seus direitos e, conseqüentemente levar esse povo a uma atuação mais ativa nas questões políticas.
Os anos se passaram e dei minha parcela de contribuição ao partido da melhor forma possível, seja na organização interna, nas campanhas eleitorais, na relação com os demais partidos do campo de esquerda, na militância e nas diversas frentes de luta social.
Aos companheiros e companheiras que ficam e que continuam pretendendo lutar contra as políticas neoliberais e pela transformação socialista da sociedade, deixo minha expectativa de sucesso e de mantermos laços fraternais.
Quero continuar dando minha contribuição através dos artigos que escrevo, da relação com militantes de movimentos sociais, dirigentes políticos e num trabalho junto à sociedade civil, rumo a essa nova cultura política. Hoje vejo isso mais necessário e, nas circunstâncias atuais, eu não estava conseguindo no partido.
É um tempo também necessário para reorganizar minha vida e agenda pessoal, mas não abro mão de permanecer apoiando a organização popular e a formação da consciência de cidadania, conquistando ao lado de quem interessar novos e mais eficazes instrumentos para fazer valer a vontade popular.
Firme n’Aquele que direciona minha existência,
Deixo meu caloroso abraço
Paulo Nailson

Observação:
Enquanto estive no PT militei no coletivo da tendência interna Articulação de Esquerda, participei alguns anos do Diretório Estadual e durante 8 anos do Diretório Municipal, parte destes na Comissão Executiva Municipal como Secretário Geral.
Edito Presentia, revista de caráter evangélico e permaneço membro da Articulação Agreste do Fórum de Reforma Urbana de Pernambuco (FERU-PE) militando também na FASE - Organização não-governamental voltada para a promoção dos direitos humanos, da gestão democrática e da economia solidária.
Estou funcionário público atuando na Fundação de Cultura e Turismo.

Postagens mais visitadas deste blog

Professor Reginaldo Melo

por Jénerson Alves Texto publicado na Coluna Dois Dedos de Prosa, do Jornal Extra de Pernambuco - ed. 625 Ao lado de outros poetas de Caruaru, entrei no apartamento onde o professor Reginaldo Melo está internado há três semanas, em um hospital particular. Ele nos recebeu com alegria, apesar da fragilidade física. Com a voz bem cansada, quase inaudível, um dos primeiros assuntos que ele pediu foi: “Ajudem-me a publicar o cordel sobre o Rio Ipojuca, que já está pronto, só falta ser levado à gráfica”. Coincidentemente, ele estava com uma camisa de um Encontro sobre a questão hídrica que participou em Goiás. Prof. Reginaldo (centro), ao lado de Espingarda do Cordel (e) e Jénerson Alves (d) Durante o encontro no quarto do hospital, ocorrido na última semana, quando Olegário Filho, Nelson Lima, Val Tabosa, Dorge Tabosa, Nerisvaldo Alves e eu o visitamos, comprometemo-nos em procurar os meios para imprimir o cordel sobre o Rio Ipojuca, sim. Além disso, vamos realizar – em n

Apeirokalia

Do grego, a palavra ‘apeirokalia’ significa “falta de experiência das coisas mais belas”. A partir deste conceito, compreende-se que o sujeito que não tem acesso a experiências interiores que despertem o desejo pelo Belo, pelo Bem e pelo Verdadeiro durante a sua formação, jamais alcançará o horizonte de consciência dos sábios. A privação às coisas mais belas predomina em nosso país. Desconhecemos biografias de nossos ancestrais – ou, quando conhecemos, são enfatizados aspectos pouco louváveis de suas personalidades. As imagens identitárias do nosso povo são colocadas a baixo. Esculturas, construções, edificações, pinturas são pouco apresentadas. Até a nossa língua tem sido violada com o distanciamento do vernáculo e do seu significado.   A música real tem perdido espaço para séries de ritmos abomináveis. Este problema perpassa por uma distorção da cosmovisão sobre o próprio ser humano. Hedonista, egocêntrico e materialista, o homem moderno busca simplesmente o seu bem-estar.

O gato vaidoso - poema de Jénerson Alves

Dois felinos residiam Em uma mesma mansão, Mas um percorria os quartos; Outro, somente o porão. Eram iguaizinhos no pelo, Contudo, na sorte, não. Um tinha mimo e ração; O outro, lixo e perigo. Um vivia igual um príncipe; O outro, feito um mendigo (Que sem cometer delito Sofre só o seu castigo). No telhado do abrigo Certa vez se encontraram. Ante a tela do contraste, Os dois bichanos pararam E a Lua foi testemunha Do diálogo que travaram. Quando eles se olharam, Disse o rico, em tom amargo: “Tu és mísero vagabundo, Eu sou do mais alto cargo! Sou nobre, sou mais que tu! Portanto, passa de largo!” O pobre disse: “O teu cargo Foi a sorte quem te deu! Nasceste em berço de luxo, Cresceste no apogeu! Mias, caças, comes ratos… Em que és mais do que eu? Logo, este orgulho teu Não há razão pra ser forte… Vieste nu para a vida, Nu voltarás para a morte! Não chames, pois, de nobreza O que é apenas sorte”. Quem não se impor