Foi um presente. Pelos correios, chegou o livro 'O Sertão é meu lugar', de um poeta cearense radicado em São Paulo chamado Moreira de Acopiara. Na obra, uma compilação de poemas simples, bucólicos, com temática regionalista e linguagem coloquial. Como eu já conhecia boa parte dos textos ali impressos, não outorguei, inicialmente, a atenção devida à peça.
Contudo, enquanto eu deixava de lado o livro do cearense e mergulhava em outras fontes que jorravam letras, meu pai - mesmo doente - inalava os olores sertanejos advindos da pena do Moreira.
Depois de um tempo, quando peguei o livro, percebi que meu genitor não apenas lia a obra, mas também fazia sutis marcações em algumas páginas. Hoje, ter em mãos esse livro é tocar as mãos do meu pai, que já não toca em mais nada.
Contudo, enquanto eu deixava de lado o livro do cearense e mergulhava em outras fontes que jorravam letras, meu pai - mesmo doente - inalava os olores sertanejos advindos da pena do Moreira.
Depois de um tempo, quando peguei o livro, percebi que meu genitor não apenas lia a obra, mas também fazia sutis marcações em algumas páginas. Hoje, ter em mãos esse livro é tocar as mãos do meu pai, que já não toca em mais nada.