Pular para o conteúdo principal

Dia do Pastor



Sim, é verdade que atualmente vê-se pseudo pastores que distanciam as pessoas de Deus e só querem sugá-las, ganhar dinheiro alienando-as, que deturpam as Sagradas Escrituras e não se importam com o bem mais precioso do Universo: a vida humana.
Sim, é verdade também que ainda há pastores sérios, que valorizam o chamado ministerial e que, literalmente, entregam-se para expandir as consciências de suas ovelhas, ministrando a Palavra e expressando com ações a mensagem do Evangelho. A esses, minha homenagem e agradecimento:



14 de junho é
Uma data especial
Com aspecto divinal,
Pois é Dia do Pastor.
Esse homem consagrado
Que vive sempre cuidando,
Ensinando, apascentando
As ovelhas do Senhor.

Que ora de madrugada
Pelas ovelhas que tem.
Mesmo assim, acorda bem
Cedo, cumprindo a missão
De pregar o Evangelho,
De procurar os perdidos,
Batizar os convertidos
E zelar pela comunhão.

O mundo é sua paróquia,
A semente, o grão que lavra,
Vai proclamando a Palavra
Do Deus que não fica velho,
Em todo lugar que vai
Preenche o seu coração
Ao fazer explanação
Das alvíssaras do Evangelho.

Articulando os princípios
Que a Teologia ensina,
Ensinando a sã doutrina,
Suando a própria camisa,
Na obra santa imbuído
Noutra obra não labora,
Ora, prega, canta e ora,
Lê, escreve e profetiza.

Tem os valores do Reino:
Não busca fama ou milhão,
Rádio nem televisão,
Nem jatinho pra voar,
Voa nas asas da Graça,
Fonte Eterna de Saber,
E a sua riqueza é ver
Um pecador se salvar.

Pastor, homem de virtude,
Que exorta, mas dá carinhos,
Prega flores e espinhos,
Explanando as Santas Leis,
Que um dia disse Sim
À vocação, favorável
Ao chamado irrevogável
Feito pelo Rei dos reis.



Jénerson Alves, 14-06-2015



Crédito da foto: Divulgação

Postagens mais visitadas deste blog

Professor Reginaldo Melo

por Jénerson Alves Texto publicado na Coluna Dois Dedos de Prosa, do Jornal Extra de Pernambuco - ed. 625 Ao lado de outros poetas de Caruaru, entrei no apartamento onde o professor Reginaldo Melo está internado há três semanas, em um hospital particular. Ele nos recebeu com alegria, apesar da fragilidade física. Com a voz bem cansada, quase inaudível, um dos primeiros assuntos que ele pediu foi: “Ajudem-me a publicar o cordel sobre o Rio Ipojuca, que já está pronto, só falta ser levado à gráfica”. Coincidentemente, ele estava com uma camisa de um Encontro sobre a questão hídrica que participou em Goiás. Prof. Reginaldo (centro), ao lado de Espingarda do Cordel (e) e Jénerson Alves (d) Durante o encontro no quarto do hospital, ocorrido na última semana, quando Olegário Filho, Nelson Lima, Val Tabosa, Dorge Tabosa, Nerisvaldo Alves e eu o visitamos, comprometemo-nos em procurar os meios para imprimir o cordel sobre o Rio Ipojuca, sim. Além disso, vamos realizar – em n

Apeirokalia

Do grego, a palavra ‘apeirokalia’ significa “falta de experiência das coisas mais belas”. A partir deste conceito, compreende-se que o sujeito que não tem acesso a experiências interiores que despertem o desejo pelo Belo, pelo Bem e pelo Verdadeiro durante a sua formação, jamais alcançará o horizonte de consciência dos sábios. A privação às coisas mais belas predomina em nosso país. Desconhecemos biografias de nossos ancestrais – ou, quando conhecemos, são enfatizados aspectos pouco louváveis de suas personalidades. As imagens identitárias do nosso povo são colocadas a baixo. Esculturas, construções, edificações, pinturas são pouco apresentadas. Até a nossa língua tem sido violada com o distanciamento do vernáculo e do seu significado.   A música real tem perdido espaço para séries de ritmos abomináveis. Este problema perpassa por uma distorção da cosmovisão sobre o próprio ser humano. Hedonista, egocêntrico e materialista, o homem moderno busca simplesmente o seu bem-estar.

O gato vaidoso - poema de Jénerson Alves

Dois felinos residiam Em uma mesma mansão, Mas um percorria os quartos; Outro, somente o porão. Eram iguaizinhos no pelo, Contudo, na sorte, não. Um tinha mimo e ração; O outro, lixo e perigo. Um vivia igual um príncipe; O outro, feito um mendigo (Que sem cometer delito Sofre só o seu castigo). No telhado do abrigo Certa vez se encontraram. Ante a tela do contraste, Os dois bichanos pararam E a Lua foi testemunha Do diálogo que travaram. Quando eles se olharam, Disse o rico, em tom amargo: “Tu és mísero vagabundo, Eu sou do mais alto cargo! Sou nobre, sou mais que tu! Portanto, passa de largo!” O pobre disse: “O teu cargo Foi a sorte quem te deu! Nasceste em berço de luxo, Cresceste no apogeu! Mias, caças, comes ratos… Em que és mais do que eu? Logo, este orgulho teu Não há razão pra ser forte… Vieste nu para a vida, Nu voltarás para a morte! Não chames, pois, de nobreza O que é apenas sorte”. Quem não se impor