Famosa é a expressão latina "Carpe Diem", extraída do verso de Horácio "... carpe diem, quam minimum crēdula posterō" (traduzida por "colhe o dia, confiada o menos possível no de amanhã".
Arraigada a este ensino está uma certa desconfiança com relação ao que nos trará o amanhã, diferentemente do que muito se vê hoje, em pessoas que se fiam no porvir - ora com uma esperança desmesurada, ora com uma descrença extenuante.
Ecoam trazendo serenidade as palavras do Senhor Jesus: "Não andeis inquietos pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã a si mesmo trará seu cuidado: ao dia basta a sua própria aflição" (Mat 6:34).
Na essência deste conselho, está a confiança que a Providência continuará providente. A escritora cristã Ellen G. White registrou: "Nada temos a temer quanto ao futuro, a menos que esqueçamos a maneira em que o Senhor nos tem guiado, e Seu ensino em nossa história passada".
Lembrando de Horácio, podemos "colher" o dia de hoje. Lembrando de Isabel, entendemos que "bendito é o FRUTO" do ventre de Maria. Assim, que possamos entender, visualizar e agradecer pelas bênçãos que o Senhor nos concede no dia chamado Hoje, confiando que a presença dEle nos trouxe até aqui e continuará conosco "per omnia saecula saeculorum, amen".
Texto: Jénerson Alves
Imagem: Visitação,de Giotto