Deixa eu plantar primavera
No jardim do coração?
Pra ter uma nova era
Dentro da tua emoção.
Deixa eu ser o sol nascente
No teu escuro horizonte?
Ou uma estrela cadente
Rasgando o cume do monte?
Deixa eu te fazer sonhar
No meu colo ou nos meus braços?
Ou te fazer desmaiar
No êxtase dos meus abraços?
Deixa eu te fazer carinho
Seja de dia ou de noite,
E fazer da cama ninho
Pra passarmos o pernoite?
Deixa eu te cantar meu canto
Só pra tentar te encantar?
Deixa eu ser teu, que garanto
Que nunca vou te deixar...
Dentre as obras de Caravaggio, ‘A Vocação de São Mateus’ é uma das que mais provocam debates e reflexões. A tela, com traços realistas, parece fazer saltar ao mundo real o que está expresso no versículo 09 do capítulo 09 do Evangelho de S. Mateus: “Passando por ali, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria, e disse-lhe: ‘Siga-me’. Mateus levantou-se e o seguiu”. O domínio da luz, inerente à verve do pintor barroco, é evidente na obra. O contraste da luz que entra pela janela no ambiente escuro parece representar o contato do mundo espiritual com o terreno – este reproduzido no grupo de pessoas à mesa e aquele pela figura do Senhor Jesus Cristo ao lado de São Pedro. Os indivíduos sentados à mesa parecem ter idades e posições sociais distintas. O mais relevante deles é Mateus, trajado de forma elegante e com uma postura de proeminência. Sem dúvida, uma boa exibição do que seria a conduta dos cobradores de impostos do primeiro século. No texto neotestamen...