sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Magdalena e Artemísia


Duas mulheres. Uma nascida em Mágdala, na Galileia, no 1º século. Relatos sobre sua vida se encontram nos evangelhos. S. Lucas registra, no capítulo 08: “Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios” (v.2). Em meio a um emaranhado de rótulos das mais diversas naturezas, a tradição cristã admite que, a partir de então, ela se tornou seguidora do Senhor Jesus, acompanhando-o inclusive na crucifixão e sendo uma das primeiras testemunhas da ressurreição (cf Jo 20).

A outra mulher nasceu em Roma, na Itália, no ano 1593. Seu nome, Artemisia Gentileschi. Ela é uma das principais referências do Barroco italiano. Entre as suas obras mais famosas, está ‘Maria Magdalena’, uma pintura redescoberta em 2011, datada entre 1613 e 1620. Outros artistas apresentam Magdalena com uma expressão de contemplação ou remorso por uma vida de pecado, mas Artemísia a retrata com um ar de satisfação enquanto se rende ao Senhor Deus.



O ombro descoberto simboliza um pouco da sensualidade da mulher retratada. A cabeça curvada para trás e o leve sorriso indicam a alegria por ter encontrado um caminho de paz, perdão e justiça. Com os olhos fechados, a mulher de Magdala não olha para uma luz externa, mas para dentro de si mesma, onde encontra o espírito do Salvador. Talvez nesta representação, Artemísia também retrate um pouco de si mesma: uma mulher que enfrentou desafios gigantescos, mas encontrou força para vencer através da luz celeste que irradiava dentro de seu coração.

Jénerson Alves 


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