sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

“Como eu amo esta criança!” - por Jénerson Alves

 


Os olhos da jovem mãe brilhavam enquanto os dedos percorriam carinhosamente o álbum de fotografias. Ela estava em casa; o garoto, na escolinha do bairro. Enquanto se detinha em cada foto do filho, os lábios balbuciavam belas frases que jorravam do seu coração. Em dado momento, simplesmente exclamou: “Como eu amo esta criança!”


A fala da mulher soou como uma declaração angélica. Talvez porque o silêncio não consiga conter um coração que ama. Quem sabe toda mãe tenha um pouco de Maria Imaculada, e em cada bebê exista um pouco de Jesus, de modo que o Eterno encarna esperança na humanidade.


Certamente, o filho daquela jovem mulher não imagina as declarações de amor que sua mãe o dedica à distância. Sem dúvida, porém, ele o sabe. Quem à distância ama, muito mais expressa amor quando está perto. O filho que esteve dentro – no ventre – por nove meses, permanece dentro – no coração – eternamente.


Neste mundo em que o valor da vida vem perdendo o significado, vemos cenas lastimáveis de celebrações à morte. Defensores do indefensável vibram com o desvanecer de vidas intrauterinas. Em contraste à perversidade, o amor de uma mãe pelo seu filho se consolida como o mais belo depoimento de vida. A voz de uma mãe amorosa ecoa como um cântico indicando que é possível manter acesas fagulhas de esperança na humanidade.


Texto: Jénerson Alves

Imagem: Young Mother, de Renoir



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