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Rodrigo Inosoja: “Sou grato a Deus por ter me dado o dom da poesia”

 


Poeta popular e grande divulgador das raízes culturais nordestinas, o jovem Rodrigo Inojosa conta para nós um pouco da sua trajetória, regada a muita poesia. Confira:



Como começou seu apreço pela poesia popular?

Jénerson, meu primeiro contato com a poesia popular se deu através do rádio, como todo casa do interior o uso do rádio lá em casa era muito comum, através dele comecei a escutar programas de repentistas, programas de forró e conhecer os grandes nomes da nossa cultura. Entre eles estavam Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Jackson do pandeiro, Geraldo Amâncio, Ivanildo Vila Nova, Valdir Teles e tantos outros nomes da nossa cultura. Mas sempre tive um carinho especial pela cantoria de viola.


Além de declamar, você também canta de improviso. Como é, para você, transitar por essas artes?

Sou grato a Deus por ter me dado o dom da poesia! De início comecei minha vida declamando, há uns três anos por incentivo dos poetas Geraldo Amâncio e Valdir Teles (Em Memória) comprei a viola e tive a honra de cantar com ambos. A emoção de poder cantar com meus ídolos é mágica, não tenho nem palavras para expressar. Da mesma forma da emoção que sinto quando subo em um palco para recitar. É um puro estado de poesia.


Você utiliza as redes sociais como uma forte ferramenta de divulgação da cantoria. Como começou esse trabalho?

No início comecei a postar fotos e vídeos das minhas apresentações, com o crescimento da poesia nas redes sociais, que eu acredito que se deu pelo grande sucesso de Braúlio Bessa levando a poesia popular para rede nacional, comecei a criar vídeos recitando poesia para postar no instagram. Deu tão certo que hoje nós temos uma das maiores Lives de cultura popular do Brasil, o “Cuida que é Mêi-Dia! Live que ocorre toda quinta feira ao meio-dia no meu instagram @rodrigo.inojosa


Você já foi entrevistado em rede nacional, no Globo Repórter. Como foi a experiência?

Foi uma ótima experiência, pude ajudar a contar em versos a história de Jeferson César, filho de agricultor que virou médico, inspiração para muitos! É sempre bom ver a poesia ocupando o lugar que ela merece.



Entre tantos trabalhos, deixe-nos uma das estrofes que marcou sua carreira...

Tem noites que canto mal
Mas quando eu canto feliz
Deus me mostra o verso pronto
Eu digo ao povo que fiz
Que nem sempre a língua é dona
Das frases que a boca diz.

Estrofe do grande João Paraibano

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