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Monteiro Lobato e a Literatura Infantil no Brasil – por Jénerson Alves


Foto: Divulgação

Se estivesse vivo, Monteiro Lobato completaria 140 anos hoje. Em alusão a ele, 18 de abril é o Dia Nacional da Literatura Infantil. O escritor foi bastante ativo na vida cultural brasileira, com obras em formato de crônicas, contos, ensaios e, principalmente, uma série de livros infantis. Esses livros se popularizaram e revolucionaram a literatura infantil em nosso país, ao introduzir a simplicidade e estimular o imaginário das crianças.


Lobato foi um homem de várias atividades, como promotor, fazendeiro e jornalista. Ele é o verdadeiro fundador da indústria do livro no Brasil, além de ser um dos autores com maior contributo para nossa literatura.


Sua entrada no mundo das letras foi por acaso. Em 1914, como agricultor, mandou uma carta ao jornal Estado de São Paulo, posicionando-se contra a queima das matas em fazendas. O jornal a publicou com destaque, fora da seção ‘Queixas e Reclamações’, estimulando-o a continuar escrevendo.


Ao tomar gosto pela escrita, descobriu o valor da literatura infantil. “De escrever para marmanjos já me enjoei. Bichos sem graça. Mas para as crianças, um livro é todo um mundo”, registrou o autor.


Lembrar de Monteiro Lobato é, também, estimular a leitura, principalmente na infância, quando da formação do caráter do sujeito. Esse estímulo deve ser semeado na família, mas também na escola, onde os pequenos devem conhecer esse universo cultural. Um livro pode transformar o mundo – ou uma pessoa (que é a mesma coisa).


Jénerson Alves



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