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Mostrando postagens de março, 2011

Fraqueza de Deus

Por José Comblin, teólogo nascido na Bélgica, que transvivenciou hoje (27-03-2011), aos 88 anos, em Salvador. Segundo Frei Betto, “ uma das cabeças mais lúcidas da Igreja Católica no Brasil ”. Boa parte do ateísmo contemporâneo baseia-se na objeção enunciada com muita força no passado por J. P. Sartre e retomada pelos seus discípulos: “Se Deus existe, eu não sou nada”. Se existe um Deus onipotente, o que ainda sobra para mim? Essa presença ao meu lado do poder absoluto torna irrisórias todas as minhas ações. Diante do infinito, todo o finito torna-se irrelevante. Há muitas maneiras de enunciar o argumento. A objeção foi formulada desde a Idade Média, mas não conseguiu convencer. A resposta diz que Deus e o homem não se situam no mesmo plano, como duas liberdades em competição. A resposta não convenceu porque durante séculos os teólogos debateram a questão da predestinação, isto é, da compatibilidade entre a liberdade de Deus todo-poderoso e a liberdade humana. Assim fazendo, situ

Uma homenagem no Dia da Síndrome de Down

Por Carlinhos Veiga, músico Era janeiro. Eu estava no Treinamento da MPC em BH quando recebi uma ligação do amigo-irmão-companheiro-de-sons Leo Barbosa. Seu filho havia nascido! A esposa Rosinha passava bem! Que notícia fantástica! Uma alegria encheu nosso coração. Alguns minutos recebi nova ligação do Leo. A pediatra ao examinar o Miguel, o filho recém-nascido, diagnosticou sinais da Síndrome de Down. Ficamos assustados, pois ninguém esperava essa notícia. Em meio à perturbação do inesperado senti no coração a certeza de que o Miguel era um presente dos céus, vindo das mãos de Deus. Por ser totalmente perfeito, o Senhor não daria àquele querido casal um presente equivocado ou imperfeito. O Miguel era o presente perfeito de Deus para o Leo, a Rosinha e todos nós. Não era um acaso, mas fruto do amor divino. A Síndrome de Down não é doença, como alguns pensam. “A síndrome de Down é um acidente genético, que ocorre  ao acaso  (?) durante a divisão celular do embrião”, nos informa o site

A magnanimidade é burra – ou, “magnânimo é mandar à merda”

Por: Juliana Dacoregio, jornalista e escritora Como você consegue, hein?! Como consegue me ler assim? Enxergar-me; olhar onde poucos olham? Ah já sei. Você olha onde tão poucos olham, porque poucos são os que têm esses olhos de águia, de gata, de coruja. Nós temos. Nós sabemos que os temos. Por isso deveríamos sempre achar o caminho de volta ao cinismo diante dos que nos diminuem. O caminho de volta ao amor-próprio, depois de cada bomba lançada sobre nossa auto-estima. Eu sei, é difícil mesmo ver o que você enxerga, porque eu mostro muitas coisas que tapam a visão dos incautos. Mas não estamos aqui para deixarmos nossas almas mastigadinhas para que as entendam, não é? Até porque, é o óbvio ululante: os que não querem entender nunca irão entender. Ou entenderão, mas farão questão de destilarem deboche diante de nossas almas nuas e mastigadas. Não conseguindo engolir, cospem. Cospem junto seus venenos, suas dores, suas malícias e frustrações. Comerei chocolates, sim. Comerei c