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Mostrando postagens de agosto, 2022

“O cordel exige regras que devem ser respeitadas”, explica Espingarda do Cordel

  Continuando nossa série de entrevistas, conversamos com o poeta popular Espingarda do Cordel. Ele faz uma análise do cenário cultural e conta um pouco de sua história e projetos. Confira: O seu nome é ‘José Antonio’. De onde veio a ideia de assinar os trabalhos como ‘Espingarda do Cordel’? Surgiu a partir de um concurso do qual participei, realizado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). O mesmo exigia em seu edital que os cordéis concorrentes não fossem inscritos com o nome original do autor e sim com um pseudônimo para não tendenciar o julgamento da comissão. Por sugestão de um grande amigo, o qual também é poeta e escultor na madeira, chamado Chico Matuto, foi que coloquei o nome Espingarda do Cordel. Tendo uma boa colocação no concurso e sendo visto de forma única e engraçada pelas pessoas, vi que seria um nome marcante para se trabalhar e hoje é o meu nome artístico, adotado há mais de 17 anos. Essa é a história, mas o significado é q

Poeta, como estão as musas?

  Sorriso fácil, olhar singelo, andar humilde. Essas eram algumas características do poeta Zé Vicente da Paraíba. Lembro-me de uma vez que me deparei com ele em um ônibus. Ele se sentou ao meu lado, perguntando: “Poeta, como estão as musas?”, referindo-se à inspiração para compor novos trabalhos. Eu ainda era um adolescente, com pouca criatividade. Ele me incentivou a continuar escrevendo e me entregou um papel com o mais recente poema da sua lavra, naquele momento. Estávamos no início dos anos 2000. Era fácil topar com Zé Vicente pelas ruas de Caruaru, seja no Museu do Cordel, no Projeto Bebendo Poesia, na Fafica ou nas emissoras de rádio, mais precisamente nos programas de repentistas. Por trás de um corpo debilitado pela idade, havia um espírito iluminado, que diariamente bebia da fonte etérea da poesia. Tive o privilégio de ouvi-lo cantar em um pé-de-parede no Bar do Vinho, tradicional estabelecimento situado no bairro do Cedro, onde eram promovidos eventos poéticos. A

Andreza Ferreira: “Gosto de fotografar as coisas como elas são”

  Vamos começar mais uma série de entrevistas semanais no Instagram e no Blog. Agora, com a fotojornalista Andreza Ferreira, que fala sobre os desafios e as delícias da arte de fotografar. Confira. Na sua opinião, fotografia é arte? Sim, eu considero arte, porque requer habilidade e sensibilidade no olhar. Isso são características de um artista. Há fotógrafos e fotógrafos. Há crianças que fotografam bem, no enquadramento correto, por exemplo; mas existem os artistas, que contam uma história em uma foto – ou em um ensaio, que é uma sequência de fotos no mesmo ambiente. Às vezes, nem precisa contar uma história, mas retratam uma pessoa captando uma expressão da pessoa em uma foto só. Você faz fotografia lifestyle de família. Quais os desafios e delícias deste segmento? Fazer fotografia lifest yl e de família é uma das minhas favoritas. Para mim, o maior desafio é lidar com uma cultura impregnada em algumas famílias de querer fazer fotos iguais às de outras pessoas. Entendo q