Nascido
em 1978, o autor fluminense Sammis Reachers tem uma profícua
produção literária. Ele é poeta, escritor, editor e antologista.
Agora, está lançando o livro ‘Renato Cascão & Sammy Maluco:
uma dupla do balacobaco’. Na obra, o autor – que, embora natural
de Niterói-RJ sempre viveu no município fluminense de São Gonçalo
– relata as peripécias vivenciadas nos anos 1980. O livro impresso
está disponível para a venda em contato com o autor. A versão
on-line é gratuita.
Sammis
Reachers conversou com o nosso blog com exclusividade, contando
detalhes de seu trabalho. Confira:
Você
é autor de vários livros de poesia e de prosa. Como surgiu a ideia
de escrever ‘Renato Cascão e Sammy Maluco’?
Eu
mantenho uma coluna num jornal local daqui do município de São
Gonçalo-RJ, nomeado justamente de Jornal Daki. Ali tenho a
liberdade do editor para publicar contos, crônicas e artigos. Um
dia, ao publicar um “causo” de humor acontecido, nos idos dos
oitenta, aqui no bairro, a título de crônica, me despontou a ideia
de criar mais textos na mesma linha. Logo surgiu a ideia de um livro
enfeixando as crônicas, acrescido de muitas outras e tendo por tema
de fundo minha amizade com o Renato, um amigo do tempo que
infelizmente já não está entre nós. Assim, a vontade de narrar se
uniu ao desejo de homenagear, de alguma maneira, a memória do amigo.
Escrever
humor é um desafio?
Sim,
escrever humor é desafiante! Sempre sonhei em trabalhar com prosa de
humor, mas isso demorou a acontecer, pois a poesia veio primeiro e
ocupou bastantes espaços (rsrs). O prazer de fazer as pessoas
sorrirem é inigualável. Um meu livrinho anterior, Rodorisos:
Histórias hilariantes do dia-a-dia dos rodoviários, foi minha
“estreia” no gênero, e sua repercussão foi tão positiva,
notadamente entre pessoas que quase ou nunca haviam lido um livro
antes, que entendi que o mar estava favorável. E assim temos
navegado neste oceano tão prazeroso tanto para quem lê, quanto para
quem escreve.
O
livro traz um olhar sobre a infância de algumas décadas atrás. Há
uma nostalgia nas narrativas?
Sim,
há um tom nostálgico perpassando a narrativa. A década de oitenta,
palco dos eventos, tem toda uma peculiaridade, e falar sobre ela
traz, por si só, um saudosismo. A infância também era outra, pois
fui das últimas gerações a aproveitar a rua na acepção positiva
e plena do termo. Assim, o leitor de mais idade certamente se
identificará com os relatos, até mesmo pela, de certa forma,
universalidade dos mesmos.
Com
o advento da internet, você acha que as novas gerações ficarão
distantes de brincadeiras mais pueris, como as apresentadas no livro?
Infelizmente
esta é uma certeza, constatável ao simplesmente sair portão de
casa afora, seja aqui nas ruas algo violentas do RJ, seja aí em seu
estado, pelo menos nas maiores cidades. O apelo da internet, redes
sociais e jogos eletrônicos é fenomenal, e difícil de ser
“combatido”, se é que podemos utilizar essa palavra, por
atividades que envolvam o mano-a-mano, o movimento físico e lúdico
característico das brincadeiras “de rua”.
Creio
que cabe aos pais ensinar a seus filhos algo desse riquíssimo
patrimônio cultural que nos formou, antes que ele se perca, ou
subsista apenas em páginas de livros e rolos de filmes
documentários.
Quem
quiser adquirir a obra, como deve fazer?
A
obra é facultada a todos, na sua versão em PDF. O download é
gratuito! Já para aqueles que desejam adquirir o livro impresso,
podem escrever para meu e-mail: sreachers@gmail.com
. O livro possui 116 páginas e é ilustrado. O custo é de 25 reais,
já com frete por Correios incluído. A tiragem inicial foi pequena,
mas há boa possibilidade de, dentro de algum tempo, fazermos uma
nova prensagem.
Para baixar o livro em PDF, clique aqui.