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Mostrando postagens de junho, 2010

Ela e eu...

Fico confuso ao pensar nela. Fico impressionado com a sua magnificência. Tantas coisas difíceis para mim são simples para ela. Não há barreiras entre seu coração e seus lábios. Ela expressa com facilidade tudo aquilo que há no âmago do seu ser. Os seus olhos enxergam a beleza da vida com simplicidade. Seu sorriso emite a certeza de que a vida é um passeio do qual se deve aproveitar o máximo. Seu toque demonstra que não se pode estar sozinho nessa jornada emocionante chamada viver. A facilidade que ela tem de refletir alegria contrasta com minha melancolia. Não, não sou triste. Entretanto, sou pensativo, silencioso, analítico... Outras vezes, sonhador. Nem sempre consigo ‘aterrissar’ na hora certa. Tento prender minhas ideias na cabeça, mas elas voam... Não tenho habilidades motoras suficientes para dançar – sempre que tentei, foi um desastre. Minha inibição faz com que eu não seja um bom parceiro para certas ‘loucuras’. Gosto de ‘festas’, mas me sinto meio deslocado nelas... Minha i

Esperança

Se me acordo ou me deito Na vida não sinto gosto Lágrimas irrigam meu rosto A dor invade o meu peito Espinhos me fere’ a face O meu tempo é um impasse Que parece não passar Tempestade cai lá fora E aqui, minh’ alma implora Para essa angústia cessar. Pai do Céu, eu creio em um lugar bonito Que Tu prometeste pra quem sabe amar, Sonho com o dia que eu vou morar Na mansão sagrada, nesse lar bendito... Vou romper barreiras, voar no Infinito, Ser participante do reino invisível, Com um novo corpo incorruptível Encontrando bálsamo pra meu peito aflito. Desejo morar na linda cidade Na qual o valor não é o dinheiro Lugar onde o lobo respeita o cordeiro E o tempo se curva para a eternidade. Lá não há rancor nem há veleidade O que lá existe é puro e é santo, Lá o riso vai sepultar o pranto Pra brotar a flor da felicidade. Livra-me, ó Pai, deste mundo ingrato, No qual observo e sinto muitas dores, Com gênios perversos, cruéis ditadores

Eu sou um saco

“Eu sou um saco”. Fui definido dessa forma durante essa semana. Concordo. Sou um receptáculo retangular, padronizado, cheio de um monte de coisas – mas aberto para se tirar umas coisas e pôr outras. Porém, reconheço que me apego a detalhes, observo exageradamente, atenho-me a pormenores quase imperceptíveis e preocupo-me com assuntos irrelevantes. O silêncio é meu companheiro inseparável. Os sentimentos que há no coração não conseguem ser convertidos em palavras orais. Isso confunde os outros. Ou ofende... Não sei... Meu ‘modus vivendi’ tem uma aparência de ensimesmado que encobre o altruísmo que reveste o meu espírito. Não consigo expressar para os outros o que penso, o que sinto e muito menos o que sou. Quando o silêncio é quebrado, percebe-se que sou chato. Inicio todas as conversas com seriedade e não consigo encontrar uma dose salutar de humor. Quando tento ser engraçado, não consigo sê-lo. Pelo contrário, nos momentos em que busco ser mais circunspecto é que me torno hilário. S