Nós vivemos em sistemas Onde há falsas liberdades Que criam necessidades E fantasiam problemas, Põem nos humanos algemas E os tornam decadentes, Pálidos, miméticos, doentes, Ascos, volúveis, banais... Estruturas sociais Que aprisionam mentes. Essas grades invisíveis Ferem, dopam e viciam, As virtudes se atrofiam Formando chagas terríveis, Barreiras intransponíveis, Difusão de violências, Que agridem as essências As diluindo em frações, Robotizando as ações, Deletando consciências. Depende de cada um Querer encontrar o Bem, Mas deve-se enxergar além Para achar o bem comum. Entre espinhos, ver algum Jeito de oscular a flor, No horizonte pôr cor Com a tinta da emoção, Entrando em conexão Com o plano do Criador. Enxergar a luz do dia, Sentir do Sol o calor, Saber lidar com a dor, Semear a alegria. A pura sabedoria Gerada no coração, Advém de construção, De busca incessante, ardente, Porque na vida da gente Tudo, tudo é decisão.