Eu só quero no futuro Ter um pretérito perfeito, Então, tento ser sujeito De um presente santo e puro. Antes que o Sol escureça E que eu baixe a cabeça Ante a presença da dor, Quero sorrir e sonhar E, sem rancor, desfrutar De uma aurora de amor. Não quero fazer da vida Um futuro do pretérito, Mas, ao partir, quero o mérito De uma vida bem vivida. Quando tremerem meus braços E eu não puder dar abraços Na musa dos sonhos meus, Não quero ficar sem paz, Mas quero olhar para trás E dizer “graças a D-us”. Não quero pôr reticências No lugar de exclamações, Nem pôr interrogações No bojo das consciências. Ao me espantar no caminho E me deparar sozinho Com o espelho de minha alma, Não quero ser humilhado, Quero estar embriagado Com o doce néctar da calma. Que as vírgulas da caminhada Não pausem minha esperança E eu prossiga em marcha mansa Pelo rumo da alvorada, Pra quando o som da canção Não tocar meu coração E faltar voz em minha boca, Ao cessar toda cant