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Jénerson Alves, amigo poeta

Por Paulo Nailson, no Jornal de Caruaru
 
 
Ele é natural de Palmares, mas reside em Caruaru desde 1988. Aprendeu a ler sozinho, aos 4 anos de idade. Seus primeiros versos foram escritos aos 13, participando de festivais e saraus escolares.

 

É autor de vários cordéis e tem dois CDs de poemas declamados – ‘Sementes de Amor’ e ‘Do clássico ao matuto’, este em parceria com Nerisvaldo Alves.

Formou-se em Jornalismo pela Faculdade do Vale do Ipojuca (Favip) e cursa pós-graduação em Gestão Pública pela Faculdade Educacional da Lapa (Fael). Foi assessor de comunicação do Colégio Interativo de Caruaru. É repórter do Jornal Extra de Pernambuco e professor no Colégio Criativo (Caruaru).Através de poemas e sonetos, o repórter do Extra Jénerson Alves vai além das apurações e notícias. Quem ainda não conhecia o lado poeta do jornalista, terá essa oportunidade através do livro ‘Depois que a chuva passar’.

Integrante da Academia Caruaruense de Literatura de Cordel (ACLC), Jénerson Alves é um dos poetas populares da região com maior destaque no cenário nacional, inclusive com premiações na área. Apesar de já ter publicado folhetos de cordel, gravado CDs de poesias e participado de coletâneas, esta é a sua primeira publicação em formato de livro. ‘Depois que a chuva passar’ é composto por poemas escritos nos últimos cinco anos. Temas como romantismo, saudade, angústias e inquietações são predominantes na obra literária. “Esse livro contém minhas poesias mais viscerais, escritas como expressão máxima de sentimentos”, destaca o escritor.

Quanto à forma, Jénerson obedece à sistemática da poesia popular, através de gêneros como sextilhas, motes e martelos agalopados. Ele também cultiva estilos como o soneto clássico (formado por dois quartetos e dois tercetos). Entretanto, os versos seguem a melodia rítmica dos cantadores de viola – com a presença da tônica na 3ª, 6ª e 10ª sílaba poética.

Foi o próprio autor quem tomou a frente de todas as etapas de produção da obra, desde a seleção das poesias até a diagramação do livro e concepção da capa, acentuando o teor autoral da peça. No total, são 13 poemas, distribuídos em 32 páginas. “Preferi fazer um livro curto para torná-lo o mais ‘digerível’ possível, com uma leitura fácil e um preço acessível”, ressalta Jénerson.

Publicado de forma independente, o livro tem sido bem visto pelos olhos críticos da classe artística.

Jénerson faz parte desta safra nova de escritores e jornalistas que atuam com vocação e princípios à moda antiga sem perder a contemporaneidade.

 

Exposição do artista João Lin no Sesc Caruaru

O Sesc Caruaru recebe a exposição Melodigramas – grafia parasonora, do artista João Lin. A mostra busca expressar na linguagem gráfica do desenho, a riqueza estética dessa produção.

São apresentados painéis feitos a partir de ilustrações para encartes dos álbuns de músicos pernambucanos. A exposição segue em cartaz na Galeria de Artes Mestre Galdino, de 24 de novembro a 7 de dezembro. A entrada é gratuita.

 

Gonzaga de Pai para Filho

Adélio Lima convidou amigos que trabalharam com ele no MUBAC, Temos muito que agradecer. Foi uma noite linda. Esse foi o primeiro grupo já estamos organizando outro, então temos que registrar nossa gratidão em nome de Severina, Alex e esposa, Socorro, Jerônimo, Adeline e Luciana. Também aos convidados Magda, Iracema e Roger (Bomboniere), Nelson Lima (Fotos), Ana Paula Martins, Fabiola e Jorge Silva, Jorginho, tú é o cara! (esses três ex-MUBAC, sempre MUBAC), José Henrique (DMPT). Rui sales (DESTRA) que patrocinou os ingressos da equipe do MUBAC. A TV Asa Branca pela cobertura jornalística e todos da imprensa que divulgaram, em especial Jénerson alves. A Neto Transportes (vestiu a camisa), Equipe do Cine North Shopping (atenciosos e eficientes, nos trataram com carinho e não mediram esforços em atender ao máximo). No final foi emocionante, o público aplaudiu e ao acender as luzes, percebendo que o Adélio estava presente tornaram a aplaudir e o cumprimentaram “um a um” com abraço e palavras de reconhecimento.

 

 

“A Amizade é um amor que nunca morre” – Mario Quintana

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Dois felinos residiam Em uma mesma mansão, Mas um percorria os quartos; Outro, somente o porão. Eram iguaizinhos no pelo, Contudo, na sorte, não. Um tinha mimo e ração; O outro, lixo e perigo. Um vivia igual um príncipe; O outro, feito um mendigo (Que sem cometer delito Sofre só o seu castigo). No telhado do abrigo Certa vez se encontraram. Ante a tela do contraste, Os dois bichanos pararam E a Lua foi testemunha Do diálogo que travaram. Quando eles se olharam, Disse o rico, em tom amargo: “Tu és mísero vagabundo, Eu sou do mais alto cargo! Sou nobre, sou mais que tu! Portanto, passa de largo!” O pobre disse: “O teu cargo Foi a sorte quem te deu! Nasceste em berço de luxo, Cresceste no apogeu! Mias, caças, comes ratos… Em que és mais do que eu? Logo, este orgulho teu Não há razão pra ser forte… Vieste nu para a vida, Nu voltarás para a morte! Não chames, pois, de nobreza O que é apenas sorte”. Quem não se impor

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