quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Festival de Repentistas ocorre em Riacho das Almas

 


O salão paroquial se tornará um palco de cantorias e poemas na noite desta quarta-feira (29), em Riacho das Almas. O evento começará às 20h, em homenagem aos 68 anos de emancipação política do município.

A programação contará com as seguintes duplas de repentistas: Luciano Leonel e Hipólito Moura; Antonio Lisboa e Raimundo Caetano; Edvaldo Zuzu e Daniel Olímpio; Bionor Gonçalves e Antônio Barbosa. Para prestigiar, é preciso levar o cartão vacinal e usar máscara.


A coordenação é de Luciano Leonel, com apoio do vereador Vandilson Barbeiro, o evento é realizado pela Prefeitura de Riacho das Almas.


Foto: Diogenes Barbosa/Divulgação

segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Desafios do Jornalismo: da desconfiança à esperança - por Jénerson Alves

Há alguns anos, era comum ver jornais expostos pelas ruas e bancas, ou entregues a assinantes por garotos em bicicletas. O advento da internet e mudanças na dinâmica social transformaram este cenário. Hoje, as informações saltitam nas telas dos smartphones, oriundas das mais diversas fontes. Com acesso à internet e um aparelho celular, todo mundo pode produzir conteúdo e reportar fatos. Essa revolução tecnológica singular gera um desafio: como o público poderá discernir o joio e o trigo em meio a tantas notícias, textos, áudios e vídeos?


Se, antes, as pessoas sabiam exatamente a quem recorrer, hoje parece que há uma certa desconfiança no reino da comunicação. “Quando eu leio ou assisto a alguma notícia, seja pelas redes sociais ou pela imprensa, sempre fico me perguntando se é verdade mesmo ou se é fake news”, pondera a dona-de-casa Jacira Silva, 56. Ela não está sozinha. Uma pesquisa divulgada em setembro de 2021 revela que o Brasil apresenta um dos maiores índices de desconfiança em relação à imprensa. O estudo sobre jornalismo, mídia e liberdade de expressão foi realizado pelo Instituto Reuters, da Universidade de Oxford, no Brasil, Reino Unido, Estados Unidos e Índia. Segundo o levantamento, 38% dos brasileiros com 55 anos ou mais desconfia das notícias e somente 18% confiam. No Brasil, o estudo foi realizado em parceria com o Instituto Datafolha e contou com a participação de aproximadamente 8 mil pessoas.




Martinelly ressalta aspecto formador do Jornalismo. Foto: Jénerson Alves

É possível afirmar que imiscuída neste cenário está a mudança na práxis jornalística nas redações. Entre os aspectos mais visíveis no contexto regional, vê-se o ‘mar’ das mídias sociais e a profusão de assessorias de imprensa. Para o jornalista Diego Martinelly, é necessário reacender o ‘faro’ jornalístico. “Hoje as fontes de informação estão mais acessíveis, mas o jornalista precisa desenvolver suas habilidades de pensar sobre os fatos, com reflexões a partir de diversos pontos de vista. Assim, o público terá acesso não apenas a informações soltas, mas vai ter oportunidade de concatenar as ideias e formar sua opinião”, destaca Martinelly, que também é gerente de conteúdo do Grupo Nordeste de Comunicação, o qual compreende a TV Asa Branca, CBN Caruaru, G1 e GE Caruaru e Região.


Martinelly ainda exemplifica que um telejornal precisa ser idealizado de forma que cada edição adquira unidade. Caso contrário, pode se tornar uma mera ‘colcha de retalhos’ com notícias de editorias distintas, mas sem oportunizar ao público os subsídios para uma reflexão crítica.


Dinâmica do mercado

O jornalismo também sentiu o impacto da hipermodernidade. No compasso das transformações, a denominada crise do papel colocou um ponto final em empresas de comunicação. Para se ter uma ideia, os dois semanários impressos que circulavam em Caruaru tiveram suas atividades encerradas em um período de cinco anos. O tradicional Jornal Vanguarda, que foi fundado em 1º de maio de 1932, foi definhando e cessou de ser impresso em 2020, durante a pandemia do novo coronavírus. Antes disso, o Jornal Extra de Pernambuco deixou de circular em julho de 2017, após 16 anos de trajetória. Em gradação menor, emissoras de rádio e televisão também sentiram o baque das modificações mercadológicas.


É aí que o empreendedorismo desponta como uma janela de oportunidade para os profissionais da área. Não raramente, surgem blogspodcasts, ou mesmo páginas de redes sociais produzidas por jornalistas. Via de regra, os sêniores se reinventam e imergem nas novas plataformas como uma forma de sobrevivência, ao passo que os novos ‘jornas’ possuem uma relação praticamente inata com as ferramentas contemporâneas. “É preciso que os jornalistas mais experientes reconheçam as habilidades dos mais jovens e aprendam com eles; ao mesmo tempo, cabe à juventude aprender e se inspirar nos exemplos daqueles que são mais amadurecidos pela experiência e pelo traquejo jornalístico”, pontua Diego Martinelly.


Se outrora os ‘focas’ (jargão profissional para os jornalistas inexperientes) chegavam às redações com caderno, caneta e um mundo de sonhos, atualmente os recém-diplomados dispõem de uma redação inteira na palma da mão. Através do smartphone, é possível gravar vídeos e editá-los em poucos minutos, bem como realizar transmissões ao vivo, sem falar em redigir textos, fotografar e publicar na internet com poucos cliques. O desafio está em perceber que essa automação, necessariamente, não significa qualidade. O diferencial não está em publicar primeiro, mas em informar melhor.


Staut pontua senso de humanidade dos jornalistas. Foto: Divulgação



Responsabilidade social

Sem dúvida, um dos caminhos para a retomada da confiança da população está no exercício do jornalismo sério e responsável. A complexidade do mundo atual demanda um comprometimento com a qualidade do debate público. Essa preocupação já havia sido apontada pelo filósofo inglês John Stuart Mill, no século XIX, ao reconhecer que doutrinas conflitantes podem albergar verdades parciais que dependem de uma discussão pública eficiente e equilibrada. Essa problemática, já presente na Inglaterra dois séculos atrás, adquire contornos e densidade ainda mais visíveis na contemporaneidade.


A partir da leitura aprofundada sobre a realidade circundante, o jornalista pode e deve desenvolver sua concepção de incumbência autoatribuída. Mais do que uma profissão, há no jornalismo uma espécie de sacerdócio, isto é, uma compreensão vocacional notadamente marcada pelo senso pessoal de responsabilidade.


Tal prerrogativa não se aprende por meio de artifícios e técnicas elementares, contudo perpassa um profundo senso de humanidade. Um dos caminhos foi apontado pelo jornalista Lisandro Staut, ex-diretor da Rede Novo Tempo, ao conversar com nossa equipe sobre os desafios de comunicar para regiões diferentes: “Acontece que ao mesmo tempo que somos seres humanos com, não apenas culturas e costumes diferentes, mas, visões de mundo e da vida bastante distintas, somos todos de uma mesma raça, sujeitos a sentimentos e necessidades básicas muito parecidos”, observa. “Uma das necessidades básicas que une boa parte dos seres humanos dos quatro cantos do planeta é a busca por significado para esta vida, ou mesmo a busca por algo que vá além do que vivemos hoje, o que podemos traduzir por ‘esperança’”, conclui.


Patati Patatá se apresentam no circo Maximus em Caruaru

 A dupla de palhaços Patati Patatá Oficial será a grande atração do circo Maximus nos dias 17,18 e 19 de dezembro. Quem for conferir os espetáculos, poderá curtir a apresentação dos queridinhos da criançada, além de todo elenco e produção. A apresentação lúdica revisita sucessos da carreira desde o surgimento da dupla com a antiga formação na década de 1980. 

Durante o show,  os palhaços prometem animar com canções famosas de seu repertório como “Dança do Macaco” e “Ronco do Vovô”, além de clássicos do universo infantil como “Piuí Abacaxi” e “Ursinho Pimpão”. Um verdadeiro mundo mágico onde as  crianças terão a oportunidade de se aproximar dos seus melhores amigos e vivenciar momentos inesquecíveis. 







CIRCO 

Além do Patati Patatá, o público contará com apresentações de   palhaços, malabaristas, equilibristas,  contorcionistas e um globo da morte com cinco motoqueiros. Outro diferencial do circo Maximus são os números criativos, caracterizando apresentações que estimulam o lúdico, a imaginação e a fantasia, especialmente nas crianças.   

 

 

ServiçoPatati Patatá no Circo Maximus em CaruaruData: 17,18 e 19 de dezembroHorário: sexta, às 20h; sábados e domingos, às 16h, 18h e 20hEndereço: avenida José Cícero Dutra, ao lado da MadeCenter  

Classificação: livre 

Ingressos: Bilheteria do Circo ou pelo site https://ingressocircomaximus.com.br/unidade2

Estacionamento: R$ 10  

Informações: 8199643 7241 / 82 96437241 WhatsApp 

13ª Noite dos Poetas Cantadores acontece em Caruaru

 


Na quinta-feira (16), Caruaru sediará a 13ª Noite dos Poetas Cantadores. O evento ocorrerá a partir das 20h, no Teatro do Sesc. A organização é do declamador Espingarda do Cordel.


A programação contará com três duplas dos maiores repentistas da atualidade: Rogério Meneses e João Lídio; Daniel Olímpio e Erasmo Ferreira; João Lourenço e Hipólito Moura. O cantador Raullino Silva realizará um momento especial interpretando canções de viola. Os declamadores Raudênio Lima, Jefferson Moisés e Espingarda do Cordel também abrilhantarão o evento, que será apresentado por Iponax Vila Nova.

Serviço:

13ª Noite dos Poetas Cantadores

Quinta-feira (16), às 20h

Teatro do Sesc – Avenida Rui Limeira Rosal, Caruaru

Entrada: R$ 20,00


Foto: Diogenes Barbosa/Arquivo


quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

‘Clube do Repente’ completa 15 anos em Campina Grande-PB

Uma vez por mês, poetas e amantes da cantoria de viola têm um destino certo em Campina Grande-PB: o Restaurante Urca Grill (que fica na Rua 13 de Maio, 164), onde acontece o projeto ‘Clube do Repente’. Sempre com uma dupla de cantadores diferente, o projeto completa 15 anos de atividades nesta quinta-feira (02). A festa será regada a muita poesia: um show de canções com Antônio Silva e apresentações das duplas Ivanildo Vila Nova & Luciano Leonel e André Santos & João Lourenço. A noitada de viola também será transmitida pelo canal do YouTube (Iponax Vila Nova).

O coordenador do projeto, Iponax Vila Nova, conversou com o nosso blog sobre a história e os rumos do Clube do Repente. Confira:




Como surgiu a ideia de criar o Clube do Repente?
Em 2005, eu comecei a apresentar um programa de rádio. Já vivia profissionalmente da declamação desde 2000. Então, tudo é uma questão de querer se consolidar na profissão. Eu percebi que, além do programa de rádio, teria de promover eventos mensalmente. Naquela época, eu também apresentava um programa de TV voltado para o forró, mas eu também declamava alguns poemas. Então, passei a investir em meu nome, como apresentador, declamador e promovente.

Eu já havia escutado falar que algo parecido com o Clube do Repente já havia sido promovido em Pau dos Ferros-RN, mas durou apenas seis meses, pois os promoventes colocavam apenas a mesma dupla e isso desestimulou a participação do público. Então, defini que teria de ser uma dupla diferente todo mês, para que durasse, mas eu nunca imaginaria que fosse durar tanto!


Quais os principais desafios encontrados na promoção de eventos sistemáticos como este?

É preciso estar o tempo todo motivando o povo. Sócios saem, outros entram. Há alguns que estão desde o começo e formam uma base. O desafio de hoje é manter o número de sócios pagantes para garantir o cachê dos cantadores.

Com o formato híbrido, via YouTube, a gente tem de motivar os amigos que estão acompanhando on-line a colaborarem pagando também. Agora, temos de pagar uma equipe técnica, algo que não tínhamos até o ano passado. Então, a despesa aumentou, mas a arrecadação também aumentou. O desafio é se manter motivado, manter o gostar sempre aceso – e isso eu tenho mantido, de diversas formas, além de buscar que novos sócios apareçam.


Ao longo desses 15 anos, de que forma o Clube contribuiu para os artistas – novos e veteranos?

Eu acho que o Clube do Repente virou uma marca. No tempo da pandemia, durante dois meses conseguimos 60 apoios de R$ 300 – nós chamamos de ‘voucher repente’. A família do Clube do Repente deixou de ser só no espaço físico da cantoria, mas também grupo no WhatsApp. Alguns sócios moram fora de Campina Grande-PB.

Através da força do Clube do Repente, vieram o Fenoger (Festival de Repentistas da Nova Geração), o Femi (Festival Mulheres do Improviso), o Estado contra Estado. Também é um espaço para os cantadores aumentarem sua visibilidade e condições de convites e parcerias. Temos projetos bimestrais em outras cidades, com o Clube do Repente à frente.



Quais os projetos para o Clube? O que podemos esperar nos próximos 15 anos?

Vou tentar manter este projeto por muito tempo. Quem chega em 15, chega em25, quem sabe em 30 também. Continuar promovendo festivais como o Estado contra Estado, o Fenoger… produzir novas ideias, como a noite das canções, ou um circuito com a marca do Clube do Repente. E nunca tirei da cabeça o projeto de criar o programa Clube do Repente na TV. Espero que a gente consiga.

Vou levar Lady Gaga para ouvir um baião de viola nordestina - Jénerson Alves

Mote e glosas: Jénerson Alves   Foto: Wikipedia Lady Gaga, cantora americana, É famosa demais no mundo inteiro, Fez um show lá no Rio de J...