Em um opús culo chamado ‘A paz na família’, Francisco Faus compara o coração humano a um instrumento de cordas – a exemplo de um violino, de uma harpa, ou de um piano. Ora, para uma música harmoniosa ser extraída de um instrumento, é mister que um bom intérprete realize uma boa execução das notas musicais, observando elementos como compasso, tempo e melodia. Contudo, por mais virtuoso que seja o artista, é impossível interpretar uma bela música se as cordas do instrumento estiverem desafinadas. É impraticável apresentar um concerto com instrumentos dissonantes. Seguindo neste raciocínio, Faus é categórico: “(…) o coração também tem as suas cordas. Umas cordas que se chamam virtudes ou defeitos. São as cordas da humildade ou do orgulho, da fortaleza ou da moleza, da preguiça ou da laboriosidade, do otimismo ou pessimismo, da generosidade ou da mesquinhez… Virtudes que soam bem, ou defeitos que soam mal”. Assim, entendemos que as desarmonias não nascem, necessariamente, do que “os