Vou voar para o páramo da pureza, Com o éter de Deus me embriagar, Pra mim mesmo eu irei inter-rogar: O que há é imprensa ou é empresa? Se o incerto só perde a incerteza Quando passa nas páginas dos jornais, Pode um santo virar um satanás Que a mídia falando encontra crente. Quem na mão tem a massa quer somente Ter na mão mais dinheiro e nada mais. Se um escândalo qualquer acontecer Vira guerra entre falsos moralistas, Ficam a postos milhões de jornalistas Disparando matérias pra vender. Por faltar senso e ética vão fazer O que a massa sem “massa” quer comprar. Quem na guerra das vendas não entrar, Foge logo do campo ou se explode. O poder é tão grande e ninguém pode O poder dessa mídia mensurar. Quem do seu próprio ventre se assenhora Tem veneno igualmente cobra brava... Um Roberto Marinho, que pensava Que era deus, mas voltou ao pó outrora É a prova que quem sorrir, chora No efêmero labor dos pecadores, Vira pobre de luz e de amores (Muito embora na grana ‘inda enriqueça)... Esses ta