Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de junho, 2014

Eu e você

Eu sou silêncio e luar, Você é sol e alegria. Eu sou o campo e a mente, Você cidade e magia... Você é fogo e paixão, É essência, é pulsação. Eu? Eterna solidão E constante nostalgia...

Mais poemas

Namoro aquela menina Que tem um lindo sorriso, Aquela que escreve bem, E a outra, que é 'sem juízo'; Namoro a fofa e a gata, A bela, a inteligente, O meu amor é tão grande Que não é d'uma somente Aviso: não sou promíscuo, Namoro sem namorar, Namoro me enamorando Da voz, do jeito, do olhar, Namoro o Belo e o Justo, Namoro o Sim e o Não, Namoro a aurora santa Que mora no coração. 12-06-2014 Você pensa que se for Comigo a um ambiente, Eu vou tratá-la igual troço, E não agir feito gente? Pensa que eu não respeito Teu coração, tua mente? Acha que vou esquecer-me De agir ordeiramente E só querer 'lepo-lepo' (Que eu quero, realmente) Que é somente no corpo Que aprendi a ser quente? Saiba que não sou partido, Só sei agir totalmente, Que eu não quero partículas, Mas te quero integralmente. Se você não sabe disso, Sabe de nada, inocente! 10-06-2014 Corpo não é objeto, é chão e teto, É abraço e é calor. Relacionar-se é compl

São João – O Aniversário do Priminho de Jesus

Certa vez um garçom batista, em Sergipe, servindo no clube de um restaurante durante o ciclo junino, foi advertido pelo seu pastor para não comer das iguarias típicas da estação, pois  “canjica é carne sacrificada aos ídolos” . Original essa igreja evangélica brasileira: desde quando canjica é carne e João Batista é ídolo? Questionado por uma criança vizinha pentecostal, por estar celebrando  “uma festa do diabo”,  responde o meu filho, carregando um saco de fogos de artifício:  “São João não é do diabo. Estamos comemorando o aniversário do priminho de Jesus...”. Sou um admirador dessa figura exótica que foi João (pelo menos em termos de modelito e de gastronomia...), como ponte entre a antiga e a nova aliança, nascido de um milagre, anunciador da chegada do Messias, profeta corajoso,  denunciando os pecados e conclamando ao arrependimento, que terminou com a cabeça em uma bandeja, por determinação real e capricho de uma mulher mau caráter. Fiquei emocionado quando, ao lado

Ate(r)na

Com lança nas mãos e escudo no peito, Enfrenta entreveros, destravando entraves. Com olhar de garça e graça solene, Traz em sua ação sutilezas graves. É filha da astúcia e da alta potência, Terna aurora, Atena, de gládios suaves. Conserva no corpo sua virgindade, Pois não admite humanas fraquezas, Nariz longo e fino, fronte magistral, Cabelos jogados, com certas rudezas, Capacete aurífero, com corcéis alados, E feição de sábia (a maior das belezas). Esta personagem é mais que um mito, É persona-imagem que jamais hiberna; Disputa com o mar, depois faz as pazes; Não se une a Marte, refuta baderna; É mãe sem marido, guerreira imbatível, Espelho inconteste da mulher moderna. Guerreira com garra que se agarra aos sonhos, Com os pés no chão, com saber profundo, Que faz brotar flores em pântanos sombrios, Dissipando trevas a cada segundo, No vigor da vida, vencendo investidas De Hefestos nefastos que infestam o mundo. Num cenário onde o sexo é banal