Aprendemos a entender Deus como um Ser etéreo, que paira nos mais altos céus. Ora com uma mão de ferro, para nos julgar, ora totalmente desinteressado com nossas angústias e inquietações. Na Bíblia, vemos a revelação de um Deus que sempre fez de tudo para se relacionar com o ser humano. No Antigo Testamento, Ele próprio estabeleceu uma tenda para que pudesse estar com Israel no deserto. No Evangelho, Ele se fez carne e habitou entre nós. Atualmente, Ele mora dentro de quem O invoca. A manifestação dEle não se traduz em pirotecnia, em grandes milagres, em eventos gigantescos, nem em pressões políticas. Pelo contrário. O Eterno habita na senda do transitório, do efêmero. O Sublime se veste de simplicidade. Seu aroma é percebido nas mais puras expressões de amor. No carinho de um filho para os pais (e dos pais para os filhos), na mão que ajuda o necessitado, na lágrima que rola por causa da dor alheia, no riso sincero pelo bem comum, no brilho do olhar que revela esperança.