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Mostrando postagens de março, 2015

“O Sublime se veste de simplicidade”

Aprendemos a entender Deus como um Ser etéreo, que paira nos mais altos céus. Ora com uma mão de ferro, para nos julgar, ora totalmente desinteressado com nossas angústias e inquietações. Na Bíblia, vemos a revelação de um Deus que sempre fez de tudo para se relacionar com o ser humano. No Antigo Testamento, Ele próprio estabeleceu uma tenda para que pudesse estar com Israel no deserto. No Evangelho, Ele se fez carne e habitou entre nós. Atualmente, Ele mora dentro de quem O invoca. A manifestação dEle não se traduz em pirotecnia, em grandes milagres, em eventos gigantescos, nem em pressões políticas. Pelo contrário. O Eterno habita na senda do transitório, do efêmero. O Sublime se veste de simplicidade. Seu aroma é percebido nas mais puras expressões de amor. No carinho de um filho para os pais (e dos pais para os filhos), na mão que ajuda o necessitado, na lágrima que rola por causa da dor alheia, no riso sincero pelo bem comum, no brilho do olhar que revela esperança. 

Em trevas

Às vezes, nos sentimos envoltos em densas trevas, sem a mínima condição de enxergar um palmo à nossa frente. Estamos sentados à beira do caminho, ouvindo barulhos e sussurros que nem sempre compreendemos. Somos ignorados por uma multidão que passa apressadamente. Nessas situações, cabe a nós agir como o cego Bartimeu. Ao perceber que Jesus passava, ele tão-somente pôs-se a gritar: "Filho de Davi, tem misericórdia de mim!". Bartimeu sabia que Jesus é a Fonte da Luz, que clareia o caminho de nossa existência. Com possibilidade de enxergar, podemos percorrer a estrada, ao invés de ficarmos sentados. Conseguimos uma compreensão além dos barulhos e sussurros que nos circundam. Não nos preocupamos mais com a multidão. Preferimos o Caminho Estreito, no qual o Rei está conosco. (Jénerson Alves)

Nuances...

Somos acostumados a condicionar nossas mentes. Ideologias, idílios, padrões que nos impelem a enxergar um mundo imaginário. Queremos que a realidade se adéque à nossa vontade. Mas não é assim. Não temos domínio. Nada sabemos sobre o amanhã. Não sabemos definir qual a melhor estratégia hoje, nem os impactos dela para o devir. Não temos como traçar a rota. Há coisas que dão errado. Há casamentos que são desfeitos (muitos destes, antes mesmo de serem feitos). Há erros que simplesmente 'acontecem'. Há crenças que deixam de fazer sentido. Há amores que vão embora. Há feridas que sangram e sangram... E não páram. O melhor que podemos fazer é sentir o nosso espírito em consonância com a fluidez da vida. É pedir que o Autor se apresente, de alguma forma, também como personagem (pois só assim é possível que aconteça relação). Dúvidas, incertezas, inquietações. Isso tudo faz parte da existência. A única certeza de tudo é que um dia seremos nada. Porém, acima desta certeza, há uma esp