por Marconi Aurélio e Silva, cientista político e jornalista Em meio aos sucessivos escândalos políticos observados no Brasil, que se baseiam no desenho institucional "possível" de 1988, damo-nos conta que o modelo do presidencialismo de coalizão está saturado. Hoje percebemos que, apesar de termos uma democracia liberal (se considerarmos apenas a possibilidade da competição eleitoral e da escolha direta dos representantes por parte da população como a grande força motriz desse sistema), a decisão sobre o governo não passa pelo crivo direto do povo, entre outras coisas, porque: 1) Vereadores, Deputados Estaduais e Federais, sendo escolhidos pela proporcionalidade, proporcionam-nos legislativos pouco ou nada representativos, porém legitimados (vota-se em alguém para eleger outrem!!). 2) Os partidos políticos não representam bandeiras coletivas de "percepção de partes" do eleitorado e da população sobre o que é melhor pra todos, mas são continuamente utilizados pa