sábado, 19 de março de 2022

Rodrigo Inosoja: “Sou grato a Deus por ter me dado o dom da poesia”

 


Poeta popular e grande divulgador das raízes culturais nordestinas, o jovem Rodrigo Inojosa conta para nós um pouco da sua trajetória, regada a muita poesia. Confira:



Como começou seu apreço pela poesia popular?

Jénerson, meu primeiro contato com a poesia popular se deu através do rádio, como todo casa do interior o uso do rádio lá em casa era muito comum, através dele comecei a escutar programas de repentistas, programas de forró e conhecer os grandes nomes da nossa cultura. Entre eles estavam Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Jackson do pandeiro, Geraldo Amâncio, Ivanildo Vila Nova, Valdir Teles e tantos outros nomes da nossa cultura. Mas sempre tive um carinho especial pela cantoria de viola.


Além de declamar, você também canta de improviso. Como é, para você, transitar por essas artes?

Sou grato a Deus por ter me dado o dom da poesia! De início comecei minha vida declamando, há uns três anos por incentivo dos poetas Geraldo Amâncio e Valdir Teles (Em Memória) comprei a viola e tive a honra de cantar com ambos. A emoção de poder cantar com meus ídolos é mágica, não tenho nem palavras para expressar. Da mesma forma da emoção que sinto quando subo em um palco para recitar. É um puro estado de poesia.


Você utiliza as redes sociais como uma forte ferramenta de divulgação da cantoria. Como começou esse trabalho?

No início comecei a postar fotos e vídeos das minhas apresentações, com o crescimento da poesia nas redes sociais, que eu acredito que se deu pelo grande sucesso de Braúlio Bessa levando a poesia popular para rede nacional, comecei a criar vídeos recitando poesia para postar no instagram. Deu tão certo que hoje nós temos uma das maiores Lives de cultura popular do Brasil, o “Cuida que é Mêi-Dia! Live que ocorre toda quinta feira ao meio-dia no meu instagram @rodrigo.inojosa


Você já foi entrevistado em rede nacional, no Globo Repórter. Como foi a experiência?

Foi uma ótima experiência, pude ajudar a contar em versos a história de Jeferson César, filho de agricultor que virou médico, inspiração para muitos! É sempre bom ver a poesia ocupando o lugar que ela merece.



Entre tantos trabalhos, deixe-nos uma das estrofes que marcou sua carreira...

Tem noites que canto mal
Mas quando eu canto feliz
Deus me mostra o verso pronto
Eu digo ao povo que fiz
Que nem sempre a língua é dona
Das frases que a boca diz.

Estrofe do grande João Paraibano

segunda-feira, 14 de março de 2022

Poeta Jénerson Alves lança e-book sobre a arte do Cordel

 


Autor de dezenas de cordéis, o poeta Jénerson Alves lançou um e-book gratuito descrevendo essa expressão da literatura popular. Intitulado ‘Cordel não é só rimar’, a obra foi publicada pela Quipá Editora, do Ceará, e tem o objetivo de apresentar as principais características técnicas e históricas desse gênero literário.


Segundo o autor, a ideia de produzir o e-book surgiu a partir de experiências em ministrações de palestras e oficinas sobre o tema. “Percebo que há, ainda, um certo desconhecimento acerca da complexidade que envolve a produção do Cordel. O objetivo da obra é servir de norte para o vasto universo da poesia popular, com beleza e responsabilidade”, explica.


O livro é composto por seis capítulos, e narra aspectos históricos da Literatura de Cordel no Brasil e no mundo. A leitura também disponibilizará ao leitor informações sobre aspectos técnicos desta arte, como rima, métrica, oração e esquemas de estrofes.


O e-book já está disponível no site da editora e também pode ser adquirido diretamente com o autor, através do e-mail jenersonalves22@gmail.com e/ou do WhatsApp (81) 9.9290.8048.



O autor

Jénerson Alves nasceu em Palmares, na Zona da Mata de Pernambuco, mas vive em Caruaru, no Agreste. Escreve cordéis desde adolescente. Participa de eventos literários sobre o assunto em escolas, empresas e faculdades. Jornalista e professor, é colunista de blogs da região e um dos fundadores da Academia Caruaruense de Literatura de Cordel (ACLC).




Formação para professores do ensino médio se torna especialização lato sensu



A preparação dos estudantes para o mundo do trabalho é uma das principais mudanças que o Novo Ensino Médio traz. Para incentivar a qualificação nesse assunto, a Universidade Federal do Piauí (UFPI), em parceria com a Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, certificará, com pós-graduação lato sensu, os docentes e outros profissionais que concluírem 360 horas de formação (uma da área do conhecimento e outra referente ao Mundo do Trabalho).As Formações para Professores do Ensino Médio estão disponíveis no Ambiente Virtual de Aprendizagem ─ Avamec (https://avamec.mec.gov.br/#/), totalmente gratuitas e autoinstrucionais. Elas foram preparadas com o objetivo de oferecer subsídio aos profissionais do magistério diante do novo modelo de ensino médio. Com exemplos práticos de interdisciplinaridade, as cinco formações possuem 180 horas cada uma. Elas abrangem as quatro áreas do conhecimento (Linguagens e Suas Tecnologias; Matemática e Suas Tecnologias; Ciências Humanas e Sociais Aplicadas; Ciências da Natureza e Suas Tecnologias) e também o Mundo do Trabalho.Para o diretor de Formação Docente e Valorização de Profissionais da Educação, Renato de Oliveira Brito, as formações enfatizam o desenvolvimento de competências, algo priorizado pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). “Iremos qualificar os docentes dentro do princípio da educação integral, para que auxiliem os estudantes na criação de soluções diante da complexidade do mundo”.A pró-reitora de pós-graduação da UFPI, Regilda Saraiva, afirma que é muito relevante certificar os docentes do ensino médio com a especialização lato sensu. “Esses professores são formadores de futuros docentes, técnicos, pesquisadores e outros profissionais que contribuirão para o desenvolvimento do país”.Veja o passo a passo para o professor de ensino médio obter a certificação pela UFPI:Acessar o Avamec (https://avamec.mec.gov.br/#/);

  1. Inscrever-se em duas formações, sendo uma delas Mundo do Trabalho, obrigatoriamente;
  2. Concluir as formações, obtendo o certificado, com média geral igual ou superior a 6 pontos e frequência geral igual ou superior a 75% da carga horária;
  3. Pleitear a certificação, mediante aproveitamento de estudos, por meio do preenchimento e envio de formulário eletrônico.

Especialização em Ciências da Natureza, suas Tecnologias e o Mundo do Trabalho:https://forms.gle/qYjNGR4Z4XwdC3aG6Especialização em Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e o Mundo do Trabalho: https://forms.gle/ax3Wxnxk5MZWygbH7Especialização em Linguagens, suas Tecnologias e o Mundo do Trabalho:https://forms.gle/ysfwPtSBpBpVWQ8k7Especialização em Matemática, suas Tecnologias e o Mundo do Trabalho:https://forms.gle/PJGCPCTj4jkdwp4w6Acesse o edital completo: http://cead.ufpi.br/index.php/cursos-de-especializacao-do-programa-para-formacao-de-professores-do-ensino-medio-seb-mec-cead-ufpi/edital-seb-mec-cead-ufpi-10-2022-processo-seletivo-da-pos-graduacao-lato-sensu-nivel-de-especializacao.Mais informações: www.cead.ufpi.br

sexta-feira, 11 de março de 2022

“Cada um de nós deve buscar aprimorar os talentos”, declara Bruna Glacy Ribas

 



Nascida no Rio de Janeiro, Bruna Glacy Ribas despertou o talento para a escrita desde cedo. Aos 09 anos começou a escrever seus primeiros contos e poemas. Hoje, a jovem possui o talento aperfeiçoado, e seu trabalho recebe muitos elogios. Confira a entrevista:



Entre suas obras, destaca-se o livro ‘Da cor do mar’. Como é o enredo e como pode ser adquirido?
‘Da cor do mar’ é um livro que amei escrever, que conta a história de uma moça que vai trabalhar na casa de um rapaz autista, descobrindo com o passar do tempo, que nunca tinha olhado com mais atenção a pessoas como Dante e que os autistas podem sim, ao contrário do que muitos pensam, levar uma vida normal e de sucesso, desmistificando com isso, muitos preconceitos. Um livro que fala de amor e superação, mas também busca trazer um olhar mais terno voltado a essas pessoas.

Você é uma autora eclética, que escreve de poemas a romances. Como escolhe o gênero literário em que vai escrever?
Dependendo do meu humor, da fase da vida em que eu esteja e das literaturas que esteja consumindo ou dos estudos que esteja fazendo, a inspiração surge naturalmente, conduzindo-me a escrever uma poesia, um conto ou mesmo um romance. Acho que vai muito das influências externas, mas também das aspirações interiores de cada momento meu.

Para ser um bom escritor, é preciso ser um bom leitor?
Acredito firmemente que sem leitura, a escrita pode adquirir uma pobreza, ainda que o autor tenha potencial para escrever. Creio em dons, em talentos, em capacidades natas, mas também que cada um de nós deve buscar aprimorar nossos talentos e, sem sombra de dúvida, um bom escritor deve ser um bom leitor.

Quais são seus próximos projetos?

Estou em pausa no desenvolvimento de uma novela que promete abordar a cultura mineira do início do século passado, tomando com inspiração várias obras brasileiras, dentre as principais, O tempo e o Vento, de Érico Veríssimo.
Além do mais, paralelamente à literatura, estou cursando História, com objetivos na área de arqueologia. Quem sabe mais pra frente eu não una a literatura com a história e lance um livro misturando ambas as coisas? Tudo pode acontecer.

sábado, 5 de março de 2022

“Sempre gostei de aprender e de compartilhar o que aprendia”, diz a professora Eduarda Corvelloni

 

Graduada pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná, campus Foz do Iguaçu, a professora Eduarda Corvelloni desenvolve um profícuo trabalho presencialmente e nas mídias sociais, apresentando a Língua Portuguesa de forma dinâmica e aprofundada. Ela fala conosco sobre os rumos do ensino da língua e a valorização do professor. Confira:






Na sua opinião, o ensino de Gramática e Redação pode contribuir nas competências comunicativas do estudante?

Acredito que sim. Todavia, para que o ensino gramatical realmente faça parte de tal contribuição, precisa ir além do ensino de nomenclatura (convenhamos, decorar o que é uma oração subordinada substantiva não tem impacto no real uso da língua). É preciso desenvolver habilidades de comunicação, por desenvolver textos (falados ou escritos) coerentes, coesos e concisos. Se um aluno consegue desenvolver essa habilidade de comunicação por fazer bom uso da língua e entender que há regras para que isso aconteça, terá muito sucesso. 



Você tem um trabalho voltado para exames e concursos. O que o estudante precisa fazer para ser aprovado? 

Bom, não há muito segredo. Precisa estudar. Mas, antes de começar a estudar de fato, é necessário que o candidato conheça a banca que aplicará a prova, quais os conteúdos que mais caem e, sobretudo, dar ênfase aos conteúdos que tem mais dificuldade de aprender. Some isso à resolução frequente de exercícios e de provas anteriores do cargo pretendido e elaboradas pela mesma banca. Isso é porque cada banca possui características próprias e conteúdos que mais costumam cair em seus exames. Assim, o aluno não perderá tempo estudando assuntos desnecessários e não cairá em pegadinhas na hora da prova. Isso vale para a redação também, é claro. Sempre pratique, estude e mantenha-se atualizado. E, para fechar, não deixe de lado o cuidado com o corpo e com a mente: atividade física e descanso fazem toda a diferença. Estudar cansado apenas para cumprir horas de estudo de nada valem, pois nada será aprendido. Conheça seu limite e faça seus horários de estudos em cima disso e não em comparação ao que outros fazem. 


Fale-nos um pouco sobre sua vocação… você sempre quis ser professora?

Eu sempre gostei de aprender e de compartilhar o que aprendia. Porém, só pensei na profissão mesmo quando estava no último ano do ensino médio, e com certas dúvidas. Só que depois que iniciei o curso posso dizer que amei, senti que fazia sentido para mim e isso se confirmou quando comecei em sala de aula. Hoje olho para trás e fico feliz de ter escolhido o curso de Letras pois não me vejo fazendo outra coisa e sinto-me realizada de contribuir com o aprendizado e a formação de meus alunos, seja ensino regular ou preparação para concurso. É uma profissão muito linda, honrada e que ajuda a melhorar a vida das pessoas. 


Você acha que o professor é valorizado no Brasil?

Olha, de um modo geral, não. Só que isso acontece por uma série de fatores. Um deles é que há a crença de que qualquer um pode ensinar, basta ter o conhecimento. Outro, a questão salarial. Um concurso para professor, por exemplo, obviamente exige curso superior e o salário inicial não chega nem a quatro mil reais. Se você for pegar um concurso de nível superior de outro setor, como área tribunal, o salário inicial é de seis, oito ou até mesmo dez mil reais. Essa é uma pergunta que renderia uma boa conversa e acredito que não caiba dizer tudo aqui...


Que mensagem você traz a algum jovem que esteja concluindo o Ensino Médio e pense em se dedicar ao lecionato?

Digo que se decidir ingressar em curso de licenciatura, na primeira oportunidade que tiver, busque ter experiência em sala de aula (seja monitoria, estágios, etc). Isso porque apenas na experiência você percebe se realmente quer fazer isso. Por isso, não deixe para entrar em sala de aula apenas no último ano da graduação. Já vi diversos colegas que quando chegaram lá perceberam que não era isso que queriam para eles. Uma outra coisa que faz toda a diferença, além de ter conhecimento teórico, é gostar do que faz, porque se você gosta do que faz os alunos percebem isso e o processo de ensino-aprendizagem se torna muito mais prazeroso e eficaz. É a maior recompensa de um professor é ver seu aluno aprendendo e gostando de estudar. Recompensador.



Vou levar Lady Gaga para ouvir um baião de viola nordestina - Jénerson Alves

Mote e glosas: Jénerson Alves   Foto: Wikipedia Lady Gaga, cantora americana, É famosa demais no mundo inteiro, Fez um show lá no Rio de J...