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Mostrando postagens de fevereiro, 2022

100 anos de Rookmaaker; quem foi ele, mesmo? - por Jénerson Alves

  Não foi uma nem duas vezes. Em encontros com amigos, quando começavam a cantar “Eu leio Rookmaaker” sempre alguém perguntava: “Quem foi esse, mesmo?” Pois bem, hoje (27 de fevereiro) completam-se exatos 100 anos do ‘Hans’, como era chamado pelos amigos. Nascido em Haia, na Holanda, Rookmaaker se tornou cadete naval do exército holandês em 1939. Dois anos depois, com a Holanda sob o jugo de Hitler, Rookmaaker chegou a ser preso, mediante a justificativa de estar com literatura “antialemã”. Ele estava se relacionando com uma judia, chamada Hendrika Beatrix Spetter, com quem trocou cartas até 1942, quando a comunicação foi cessada. Apenas após solto, ao voltar à Holanda, Hans descobriu que sua amada e a família foram enviadas a Auschwitz. Na solidão da prisão, Rookmaaker leu a Bíblia e converteu-se ao Cristianismo. Foi apresentado à filosofia cosmonômica – a qual, entre outros fatores, é composta pela compreensão da ordem divina da criação. Pois bem. Após sair da prisão, em 194

“Estou prestes lançar um projeto chamado Riacho de Cantoria”, anuncia Luciano Leonel

  Uma das maiores referências do Repente na atualidade, o cantador Luciano Leonel faz uma análise do atual cenário da cantoria e antecipa seus projetos profissionais. Confira: Há algumas décadas, muitos ‘previam’ que a cantoria de viola estava prestes a acabar. Essas ‘previsões’ foram corretas? A cantoria que é uma arte de mais de 200 anos de existência, vem ao longo do tempo sofrendo algumas modificações, na forma de ser exposta e na sua própria execução. No entanto, nunca perdeu a sua verdadeira essência e por esse motivo se mantém firme e evidente até os dias atuais, mantendo um ciclo de inovações de repentistas e ouvintes de cantoria, os famosos apologistas. Dito isso, tenho plena convicção que a arte da cantoria só seria extinta se não surgissem novos cantadores, mas por outros motivos acho difícil que acabe, até porque enquanto houver cantadores haverá ouvintes. O advento da internet ajudou a divulgação da cantoria? A cantoria poderia estar em um patamar bem mais alt

“Como eu amo esta criança!” - por Jénerson Alves

  Os olhos da jovem mãe brilhavam enquanto os dedos percorriam carinhosamente o álbum de fotografias. Ela estava em casa; o garoto, na escolinha do bairro. Enquanto se detinha em cada foto do filho, os lábios balbuciavam belas frases que jorravam do seu coração. Em dado momento, simplesmente exclamou: “Como eu amo esta criança!” A fala da mulher soou como uma declaração angélica. Talvez porque o silêncio não consiga conter um coração que ama. Quem sabe toda mãe tenha um pouco de Maria Imaculada, e em cada bebê exista um pouco de Jesus, de modo que o Eterno encarna esperança na humanidade. Certamente, o filho daquela jovem mulher não imagina as declarações de amor que sua mãe o dedica à distância. Sem dúvida, porém, ele o sabe. Quem à distância ama, muito mais expressa amor quando está perto. O filho que esteve dentro – no ventre – por nove meses, permanece dentro – no coração – eternamente. Neste mundo em que o valor da vida vem perdendo o significado, vemos cenas la

Rede de mulheres artistas oferece oficina gratuita de artes integradas

 Música, artes visuais, literatura, teatro, fotografia e produção cultural são as linguagens que formam a oficina “Artes integradas: cartografias de ajuntamento”, que acontece de forma online nos dias 14, 15, 16, 22 e 23 de março. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo Sympla .  De acordo com as Juntas, rede de mulheres artistas de Belo Jardim, Agreste de Pernambuco, os conteúdos abordados na oficina são vivenciais e utilizam de exercícios práticos e compartilhamento de experiências para indicar possíveis caminhos para a coexistência de linguagens em obras realizadas nas plataformas online. Ao todo, são disponibilizadas 20 vagas com direito a certificado para quem participar de pelo menos 80% dos encontros. A oficina ocorre a partir das 18h e é dividida em cinco partes, são elas:   14/03 - Imersão criativa com paisagem sonora, com Thalyta Monteiro e Maéve; 15/03 - Corpo: Possibilidades e ilimitações, com Bianca Quaresma e Thayná Nascimento; 16/03 - Escrita do corpo criativ

Centenário de nascimento de Amaro Matias da Silva - por Walmiré Dimeron

  Uma das figuras mais queridas no meio educacional de Caruaru, sempre solícito, prestativo e dono de uma biografia invejável. Divertia-se ao chamar quem quer que fosse de "Zezinho", sempre preocupado em orientar, ensinar, rodeado dos seus "pupilos", (como chamavam seus alunos, alguns dos colegas de trabalho), quem sabe com uma pitada de inveja ao verem o mestre cercado de juventude: "Lá vem Matias com seus pupilos".  O autor da Bandeira de Caruaru (1972) nasceu em Água Preta –PE, no dia 21 de fevereiro de 1922 e radicou-se em Caruaru na década de 1960 onde lecionou em diversos educandários.  Professor, pesquisador, poeta, autor publicado, orador, poliglota com fluência em inglês, francês, latim e espanhol, além de estudioso e defensor do tupi-guarani. Bacharel em Ciências Sociais e Direito, presidiu a subseccional da OAB e a agência do IBGE, em Caruaru e foi um dos fundadores e presidente da Academia Caruaruense de Cultura, Ciências e Letras – Acaccil.  C

Festival Mojubá enaltece a cultura do povo preto em dois dias de evento

Realizado pelo Coletivo Feminista Desabrochar e financiado pela Lei Aldir Blanc do estado de Pernambuco, o Festival Mojubá chega à sua segunda edição com debate e apresentações culturais, que ocorrem nos dias 2 e 3 de março. Todo o evento será transmitido pelo YouTube do Coletivo, a partir das 19h30. De acordo com a organização, a ideia do festival é incentivar o protagonismo e o trabalho de artistas negras e negros do interior de Pernambuco, em especial da cidade de Belo Jardim, Agreste do Estado. No primeiro dia, a cantora e produtora Maéve irá mediar um debate ao vivo entre outras quatro artistas belo-jardinenses. As artesãs Luiza dos Tatus e Gel da Silva, e as musicistas Lilian Danila e Nádia Almeida compõem a mesa redonda para discutir a resistência das artistas negras no Agreste de Pernambuco. Já no dia 3 de março, as apresentações culturais serão transmitidas em um formato de documentário, gravado no dia 30 de janeiro no Quilombo do Barro Branco, zona rural de Belo Jardim. Fazem

Riacho das Almas recebe cantoria de Zé Viola e Hipólito Moura

 Dois dos maiores expoentes da cantoria de viola da atualidade, os piauienses Zé Viola e Hipólito Moura se encontrarão para travar duelos de sextilhas, motes e canções em Riacho das Almas-PE. A baionada de viola será na sexta-feira, 25 de janeiro, a partir das 20h, na Vila Pinhões. A organização é do locutor Anderson Cardoso. Confira um recado do violeiro Zé Viola no vídeo abaixo:

"A literatura serve como um espelho que reflete a vida", afirma a professora Sabryna Thais

  Conversamos com a professora Sabryna Thais, que também é mestranda em Estudos Literários pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Ela analisou a importância da Semana de Arte Moderna na historiografia literária brasileira e comentou sobre o papel da literatura na formação humana. Confira: Estamos no centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, um tema que ainda gera polêmica. Qual sua visão sobre o assunto? A Semana de Arte Moderna, sem dúvida, foi um marco na nossa história literária e das artes em geral, e teve sua importância, apesar das críticas e das polêmicas. Os artistas e escritores que participaram desta Semana tinham o intuito de trazer uma nova ‘cara’ para a literatura e para as outras artes. É importante essa renovação das artes, embora isso não implique dizer que devemos nos esquecer do que tínhamos até então. Devemos ter como base tudo de bom que recebemos dos grandes que vieram antes de nós. Porém, essa renovação – que fazia parte do momento histórico viven

Alessandra Monteiro fala sobre seu novo livro, ‘Como vivem as flores’

  Alessandra Monteiro traduz o cotidiano em versos. Foto: Divulgação Com apenas 24 anos de idade, a escritora Alessandra Monteiro vem se destacando no ambiente literário. Seus versos traduzem o cotidiano e expressam novos olhares diante da simplicidade. Ela conversou com a gente. Confira na íntegra: Está saindo do forno seu novo livro, ‘Como vivem as flores’. Como foi a concepção da obra? O processo começou durante a pandemia, quando fiquei mais tempo em casa. Eu já tinha muitas poesias guardadas, e pensei em publicá-las. Em 2021, fui atrás das editoras e cheguei à Editora Viseu, do Paraná. Eles têm um trabalho muito bom, e firmamos a parceria para produzir a obra. Em dezembro, o livro ficou pronto. As pessoas já podem adquiri-lo. Você acha que, com a pandemia, as pessoas passaram a ler mais? Acredito que sim. Na pandemia, ou você corria para o livro ou para assistir à televisão (risos). Em 2019, eu li aproximadamente 40 livros. Em 2020, esse número saltou para 90 livros! Li mu