domingo, 27 de fevereiro de 2022

100 anos de Rookmaaker; quem foi ele, mesmo? - por Jénerson Alves

 


Não foi uma nem duas vezes. Em encontros com amigos, quando começavam a cantar “Eu leio Rookmaaker” sempre alguém perguntava: “Quem foi esse, mesmo?” Pois bem, hoje (27 de fevereiro) completam-se exatos 100 anos do ‘Hans’, como era chamado pelos amigos.


Nascido em Haia, na Holanda, Rookmaaker se tornou cadete naval do exército holandês em 1939. Dois anos depois, com a Holanda sob o jugo de Hitler, Rookmaaker chegou a ser preso, mediante a justificativa de estar com literatura “antialemã”. Ele estava se relacionando com uma judia, chamada Hendrika Beatrix Spetter, com quem trocou cartas até 1942, quando a comunicação foi cessada. Apenas após solto, ao voltar à Holanda, Hans descobriu que sua amada e a família foram enviadas a Auschwitz.


Na solidão da prisão, Rookmaaker leu a Bíblia e converteu-se ao Cristianismo. Foi apresentado à filosofia cosmonômica – a qual, entre outros fatores, é composta pela compreensão da ordem divina da criação. Pois bem. Após sair da prisão, em 1945, Rookmaaker se dedicou ao estudo das artes, onde aplicou essa cosmovisão, baseada em ideias de autores como Herman Dooyeweerd e Abraham Kuyper. Nesta perspectiva, Deus é percebido na beleza e no cotidiano, mediante a atribuição de significados que conectam o ser humano à realidade.


Nas palavras do próprio Rookmaaker, “(...) a arte não precisa de justificativa, ninguém precisa se desculpar por fazer arte. Os artistas não necessitam de justificativa, da mesma forma que os açougueiros, os jardineiros, os motoristas de táxi, os policiais ou as enfermeiras não precisam justificar com argumentos sagazes o porquê de estarem fazendo o seu trabalho. (...) O significado do trabalho está no amor a Deus e ao próximo”.


Para conhecer mais sobre o assunto, aconselho a adquirir a biografia ‘Rookmaker, arte e mente cristã’, de Laurel Gasque, e as obras de H. R. Rookmaker ‘A Arte Moderna e a Morte de Uma Cultura ‘ e ‘A Arte Não Precisa de Justificativa’, todas pela Editora Ultimato.



Jénerson Alves é jornalista e poeta



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Referências:


ROOKMAAKER, H.R., A arte não precisa de justificativa. Trad. Fernando Guarany Jr.Viçosa, Mg. Editora Ultimato, 2010


ALMEIDA, Vinnícius. Hans Rookmaaker: cosmovisão cristã e uma perspectiva reformada das artes. Universidade Presbiteriana Mackenzie, Teologia. Disponível em <HANS_ROOKMAAKER_COSMOVISÃO_CRISTÃ_E_UMA_PERSPECTIVA_REFORMADA_DAS_ARTES> Acessado em 27.02.2022


PORTO, Allen. Resenha de ROOKMAAKER, H. R. A arte moderna e a morte de uma cultura. Viçosa, MG: Editora Ultimato, 2015. Disponível em <https://cpaj.mackenzie.br/wp-content/uploads/2020/01/Resenha-3-A-arte-moderna-e-a-morte-de-uma-cultura-H.-R.-Rookmaaker-Allen-Porto.pdf> Acessado em 27.02.2022


sábado, 26 de fevereiro de 2022

“Estou prestes lançar um projeto chamado Riacho de Cantoria”, anuncia Luciano Leonel

 

Uma das maiores referências do Repente na atualidade, o cantador Luciano Leonel faz uma análise do atual cenário da cantoria e antecipa seus projetos profissionais. Confira:





Há algumas décadas, muitos ‘previam’ que a cantoria de viola estava prestes a acabar. Essas ‘previsões’ foram corretas?
A cantoria que é uma arte de mais de 200 anos de existência, vem ao longo do tempo sofrendo algumas modificações, na forma de ser exposta e na sua própria execução. No entanto, nunca perdeu a sua verdadeira essência e por esse motivo se mantém firme e evidente até os dias atuais, mantendo um ciclo de inovações de repentistas e ouvintes de cantoria, os famosos apologistas. Dito isso, tenho plena convicção que a arte da cantoria só seria extinta se não surgissem novos cantadores, mas por outros motivos acho difícil que acabe, até porque enquanto houver cantadores haverá ouvintes.


O advento da internet ajudou a divulgação da cantoria?

A cantoria poderia estar em um patamar bem mais alto se as grandes mídias tivessem dado a atenção que a cantoria merece. Apesar de hoje ter o reconhecimento como profissão e o repente como patrimônio, a meu ver, a cantoria ainda sofre muita discriminação. A chegada da internet abriu uma janela para cantoria, na qual podemos divulgar e defender nossa arte com mais afinco. Tem sido de suma importância para nossos trabalhos e na pandemia foi uma forma de continuarmos trabalhando mesmo longe do público.

Além do repente, as canções de viola têm alcançando um bom espaço entre o público. Você acha que isso pode, de alguma forma, diminuir a força do repente?

As canções fazem parte de um pacote de gêneros que pertencem à cantoria, mas de forma alguma teria como diminuir a força do repente, até porque sem repente não existe cantoria. Um show só de canções pode ser chamado de qualquer outra coisa, menos de cantoria - algo que só se destaca pelo encanto do improviso.

Quais são seus projetos profissionais?

Atualmente, estou prestes lançar um projeto chamado ‘Riacho de Cantoria’. O nome do projeto faz alusão à cidade de Riacho das Almas-PE, onde moro atualmente e tocarei o projeto. Trata-se de cantorias bimestrais em um local já definido e com transmissão pelo Facebook na nossa página. O projeto contará com sócios colaboradores e amigos apoiadores da cantoria. A estreia está prevista para o dia 19 de maio deste ano.

Há alguma estrofe que você improvisou e marcou sua carreira? Qual?

Foram muitas estrofes, durante esses 24 anos de carreira. Porém, uma que muito se destaca é a que fiz em Campina Grande-PB em 2010, quando me solicitaram o mote ‘Pulei da porta da morte / pela janela da vida’:

A vida não é mesquinha,
Mas tem surpresa de monte.
Vai ser preciso que eu conte
Parte da história minha:
Quando num transporte eu vinha,
Fui vítima de uma batida
E a mão de Deus estendida
Me retirou do transporte.
Pulei da porta da morte
Pela janela da vida.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

“Como eu amo esta criança!” - por Jénerson Alves

 


Os olhos da jovem mãe brilhavam enquanto os dedos percorriam carinhosamente o álbum de fotografias. Ela estava em casa; o garoto, na escolinha do bairro. Enquanto se detinha em cada foto do filho, os lábios balbuciavam belas frases que jorravam do seu coração. Em dado momento, simplesmente exclamou: “Como eu amo esta criança!”


A fala da mulher soou como uma declaração angélica. Talvez porque o silêncio não consiga conter um coração que ama. Quem sabe toda mãe tenha um pouco de Maria Imaculada, e em cada bebê exista um pouco de Jesus, de modo que o Eterno encarna esperança na humanidade.


Certamente, o filho daquela jovem mulher não imagina as declarações de amor que sua mãe o dedica à distância. Sem dúvida, porém, ele o sabe. Quem à distância ama, muito mais expressa amor quando está perto. O filho que esteve dentro – no ventre – por nove meses, permanece dentro – no coração – eternamente.


Neste mundo em que o valor da vida vem perdendo o significado, vemos cenas lastimáveis de celebrações à morte. Defensores do indefensável vibram com o desvanecer de vidas intrauterinas. Em contraste à perversidade, o amor de uma mãe pelo seu filho se consolida como o mais belo depoimento de vida. A voz de uma mãe amorosa ecoa como um cântico indicando que é possível manter acesas fagulhas de esperança na humanidade.


Texto: Jénerson Alves

Imagem: Young Mother, de Renoir



terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

Rede de mulheres artistas oferece oficina gratuita de artes integradas

 Música, artes visuais, literatura, teatro, fotografia e produção cultural são as linguagens que formam a oficina “Artes integradas: cartografias de ajuntamento”, que acontece de forma online nos dias 14, 15, 16, 22 e 23 de março. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo Sympla


De acordo com as Juntas, rede de mulheres artistas de Belo Jardim, Agreste de Pernambuco, os conteúdos abordados na oficina são vivenciais e utilizam de exercícios práticos e compartilhamento de experiências para indicar possíveis caminhos para a coexistência de linguagens em obras realizadas nas plataformas online.


Ao todo, são disponibilizadas 20 vagas com direito a certificado para quem participar de pelo menos 80% dos encontros. A oficina ocorre a partir das 18h e é dividida em cinco partes, são elas:  


14/03 - Imersão criativa com paisagem sonora, com Thalyta Monteiro e Maéve;

15/03 - Corpo: Possibilidades e ilimitações, com Bianca Quaresma e Thayná Nascimento;

16/03 - Escrita do corpo criativo, com Maria Eduarda;

22/03 - Bora produzir? Alternativas para a produção de eventos culturais, com Tiffany dos Santos.

23/03 – Círculos criativos, com Cíntia Souza, Katharyne Bezerra e Soraya Feitoza.


 “Artes Integradas: Cartografias de Ajuntamento” é uma oficina realizada pelas Juntas e financiada pela Lei Aldir Blanc de Pernambuco.



Centenário de nascimento de Amaro Matias da Silva - por Walmiré Dimeron

 


Uma das figuras mais queridas no meio educacional de Caruaru, sempre solícito, prestativo e dono de uma biografia invejável. Divertia-se ao chamar quem quer que fosse de "Zezinho", sempre preocupado em orientar, ensinar, rodeado dos seus "pupilos", (como chamavam seus alunos, alguns dos colegas de trabalho), quem sabe com uma pitada de inveja ao verem o mestre cercado de juventude: "Lá vem Matias com seus pupilos". 

O autor da Bandeira de Caruaru (1972) nasceu em Água Preta –PE, no dia 21 de fevereiro de 1922 e radicou-se em Caruaru na década de 1960 onde lecionou em diversos educandários.  Professor, pesquisador, poeta, autor publicado, orador, poliglota com fluência em inglês, francês, latim e espanhol, além de estudioso e defensor do tupi-guarani.

Bacharel em Ciências Sociais e Direito, presidiu a subseccional da OAB e a agência do IBGE, em Caruaru e foi um dos fundadores e presidente da Academia Caruaruense de Cultura, Ciências e Letras – Acaccil. 

Cultor de heráldica, foi autor de vários escudos, brasões e bandeiras de inúmeras instituições, tendo integrado diversas delas como honorário ou benemérito. 

Foi agraciado com o título de Cidadão de Caruaru e de outras cidades do interior e com a Medalha do Mérito Educacional Paulo Freire, além de outras distinções como os títulos de “Benfeitor da Juventude” e “Alter Ego” do Capítulo Caruaru da Ordem DeMolay.

Faleceu no Recife, no dia 04 de abril de 2002, aos oitenta anos, por complicações advindas do diabetes e de um AVC.

Foi agraciado “in memoriam”, com o Colar do Sesquicentenário de Caruaru, em 2007 e dá nome à Escola Municipal Professor Amaro Matias da Silva.


Walmiré Dimeron é historiador 

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Festival Mojubá enaltece a cultura do povo preto em dois dias de evento

Realizado pelo Coletivo Feminista Desabrochar e financiado pela Lei Aldir Blanc do estado de Pernambuco, o Festival Mojubá chega à sua segunda edição com debate e apresentações culturais, que ocorrem nos dias 2 e 3 de março. Todo o evento será transmitido pelo YouTube do Coletivo, a partir das 19h30.

De acordo com a organização, a ideia do festival é incentivar o protagonismo e o trabalho de artistas negras e negros do interior de Pernambuco, em especial da cidade de Belo Jardim, Agreste do Estado.

No primeiro dia, a cantora e produtora Maéve irá mediar um debate ao vivo entre outras quatro artistas belo-jardinenses. As artesãs Luiza dos Tatus e Gel da Silva, e as musicistas Lilian Danila e Nádia Almeida compõem a mesa redonda para discutir a resistência das artistas negras no Agreste de Pernambuco.

Já no dia 3 de março, as apresentações culturais serão transmitidas em um formato de documentário, gravado no dia 30 de janeiro no Quilombo do Barro Branco, zona rural de Belo Jardim. Fazem parte da programação do segundo dia o Ilê Asé Òsun Ipondá, a artista Aline Souza e a Associação Vida Jovem de Capoeira.

“Além das apresentações dos artistas, o documentário também traz falas dos convidados para registrar historicamente seus trabalhos e a cultura afro-brasileira produzida no interior. Inclusive, a liderança do Quilombo, Elaine Lima, também participa para contar a história do território”, explica a produtora executiva do projeto, Katharyne Bezerra.


História do Festival

Mojubá teve sua primeira edição em novembro de 2019, uma atividade proposta pelo Coletivo Desabrochar em alusão ao Dia da Consciência Negra. Naquele ano, o evento contou com apresentações culturais, exposições, debate e palestras em escolas públicas.

O nome do evento vem da língua Yorùbà e significa "eu te respeito" ou "eu te estimo". Dessa forma, o Festival Mojubá é uma saudação à história, cultura e trabalho dos povos pretos do interior de Pernambuco.







Fotografias: Vanessa Serena

domingo, 20 de fevereiro de 2022

Riacho das Almas recebe cantoria de Zé Viola e Hipólito Moura

 Dois dos maiores expoentes da cantoria de viola da atualidade, os piauienses Zé Viola e Hipólito Moura se encontrarão para travar duelos de sextilhas, motes e canções em Riacho das Almas-PE. A baionada de viola será na sexta-feira, 25 de janeiro, a partir das 20h, na Vila Pinhões. A organização é do locutor Anderson Cardoso.





Confira um recado do violeiro Zé Viola no vídeo abaixo:



sábado, 19 de fevereiro de 2022

"A literatura serve como um espelho que reflete a vida", afirma a professora Sabryna Thais

 



Conversamos com a professora Sabryna Thais, que também é mestranda em Estudos Literários pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Ela analisou a importância da Semana de Arte Moderna na historiografia literária brasileira e comentou sobre o papel da literatura na formação humana. Confira:


Estamos no centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, um tema que ainda gera polêmica. Qual sua visão sobre o assunto?

A Semana de Arte Moderna, sem dúvida, foi um marco na nossa história literária e das artes em geral, e teve sua importância, apesar das críticas e das polêmicas. Os artistas e escritores que participaram desta Semana tinham o intuito de trazer uma nova ‘cara’ para a literatura e para as outras artes. É importante essa renovação das artes, embora isso não implique dizer que devemos nos esquecer do que tínhamos até então. Devemos ter como base tudo de bom que recebemos dos grandes que vieram antes de nós. Porém, essa renovação – que fazia parte do momento histórico vivenciado principalmente em São Paulo – precisava ser demonstrado nas artes, e foi isso o que eles fizeram.

A qualidade dos quadros, das pinturas, da literatura produzida na Semana de Arte Moderna pode ser questionada, mas a intenção da mudança é necessária, de épocas em épocas. Então, nós devemos, sim, reconhecer a importância do movimento. Não somos presos à Semana de Arte Moderna, podemos criticá-la, mas hoje nós nos apoiamos naquilo que eles fizeram, tanto quanto com o que foi feito por aqueles que vieram antes, antes e antes.



Os autores da Semana de 1922 eram realmente talentosos ou foram ‘massificados’ midiaticamente e pela universidade?

Bom, os autores da Semana de Arte Moderna eram, sim, talentosos. Por exemplo, Oswald e Mário de Andrade têm seus talentos reconhecidos pelos críticos e pelo público. Porém, talvez, pela ânsia da ruptura, entraram um pouco por uma questão midiática, revolucionária, a vontade de agradar um grupo. Isso não quer dizer que não devam ser apreciados.



Do ponto de vista literário, a Geração de 1930 ‘sepultou’ a de 1922?

Na literatura, principalmente, nós nos apoiamos nos grandes escritores do passado. Então, mesmo os autores de 1930 buscando uma certa ruptura com os autores de 1922, eles dão continuidade ao Modernismo, dentro de bases e colunas. Então, não acho que a Geração de 1930 ‘sepultou’ a de 1922: ela se uniu e trouxe uma nova face, inaugurando uma nova fase, em nossa literatura.



Como você enxerga a importância do ensino de Literatura na Educação Básica?

O ensino de Literatura na Educação Básica é de extrema importância. Primeiro porque quem não lê bem não consegue desenvolver o que tanto se fala na educação brasileira, que é o pensamento crítico. Aplicar a Literatura desde cedo pode mudar todo um cenário futuro da Educação, com implicação nas outras áreas – Ciências, Matemática, Química, etc. Isso porque, através da Literatura, os estudantes vão saber interpretar o que estão lendo. Hoje, vemos que muitas vezes os alunos erram porque leem, mas não conseguem decodificar o que está escrito. Então, acredito, sim, que a Literatura deve ser trabalhada desde cedo nas escolas, e trabalhada bem.



Em que a literatura (sobretudo a clássica) contribui para a formação do ser humano?

A literatura contribui na formação do ser humano no sentido de que ela nos ajuda a observar. Ela serve como um espelho que reflete nossa própria vida e a vida dos nossos pares. Ela contribui para que possamos nos entender e entender nosso próximo e, assim, convivermos melhor. Passamos a ter consciência de que outras pessoas passaram e outras passarão pelas tristezas, angústias e sentimentos que eu passo hoje. Os personagens nos trazem tipos humanos, que são os mesmos desde os primórdios da antiguidade até hoje – e sempre serão. A literatura trata dos assuntos universais, que Aristóteles fala, que não vão mudar. As sociedades mudam, a cultura muda, mas o ser humano muda muito pouco. Então, a partir da literatura a gente consegue buscar um processo de individuação e sermos pessoas mais empáticas e compreensivas quanto ao outro e ao mundo. Sem dúvida, isso também nos ajuda a pensar, raciocinar, falar e contribuir melhor no convívio em sociedade.


quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Alessandra Monteiro fala sobre seu novo livro, ‘Como vivem as flores’

 

Alessandra Monteiro traduz o cotidiano em versos.
Foto: Divulgação


Com apenas 24 anos de idade, a escritora Alessandra Monteiro vem se destacando no ambiente literário. Seus versos traduzem o cotidiano e expressam novos olhares diante da simplicidade. Ela conversou com a gente. Confira na íntegra:

Está saindo do forno seu novo livro, ‘Como vivem as flores’. Como foi a concepção da obra?
O processo começou durante a pandemia, quando fiquei mais tempo em casa. Eu já tinha muitas poesias guardadas, e pensei em publicá-las. Em 2021, fui atrás das editoras e cheguei à Editora Viseu, do Paraná. Eles têm um trabalho muito bom, e firmamos a parceria para produzir a obra. Em dezembro, o livro ficou pronto. As pessoas já podem adquiri-lo.

Você acha que, com a pandemia, as pessoas passaram a ler mais?
Acredito que sim. Na pandemia, ou você corria para o livro ou para assistir à televisão (risos). Em 2019, eu li aproximadamente 40 livros. Em 2020, esse número saltou para 90 livros! Li muitas séries de livros, e muita gente que conheço fez a mesma coisa. Vejo que a leitura aumentou, sim, bastante. Engana-se quem pensa que a leitura está com os dias contados.

Você é cristã. Sua fé aparece em seus versos?
Eu tenho poesias relacionadas ao conteúdo cristão, mas esse é um lado que pretendo trabalhar à parte, em outro momento. Se você pegar o livro ‘Como vivem as flores’, por exemplo, não vai perceber que a autora que o escreveu é cristã, até ler a biografia.
Uma das coisas que acho incrível em Jesus é que, quando Ele veio à Terra, viveu como uma pessoa comum, entre pessoas comuns. Foi a partir da vivência em pequenas coisas que Ele nos trouxe grandes ensinamentos.
Em meu livro, há poesias com temas como violência doméstica, relacionamentos tóxicos, combate ao racismo, ensinamentos que ajudam o próximo. E creio que nisso também está o amor divino.

Onde as pessoas encontram o livro?
Tanto o livro físico quanto o e-book estão disponíveis no site da Amazon e no site da Editora Viseu também.

Vou levar Lady Gaga para ouvir um baião de viola nordestina - Jénerson Alves

Mote e glosas: Jénerson Alves   Foto: Wikipedia Lady Gaga, cantora americana, É famosa demais no mundo inteiro, Fez um show lá no Rio de J...