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Mostrando postagens de abril, 2022

Jefferson Moisés: “Sou apenas um brincante e misturador das palavras”

  P oeta declamador e cordelista consagrado, Jefferson Moisés é um dos mais autênticos defensores da cultura nordestina. Nesta entrevista, ele fala sobre a importância da Literatura de Cordel e os rumos desta arte na região. Confira: C onte-nos como começou seu envolvimento com a Literatura de Cordel... Jénerson, o primeiro contato com a poesia foi ainda na infância, mas eu não imaginava que se tratava de literatura de cordel, acreditava sim, que fosse apenas uma poesia contada por algum poeta, que foi justamente quando meu pai comprou uma fita cassete do poeta e cantor Amazan declamando essas poesias engraçadas, então acabei memorizando rapidamente e assim declamava para os amigos, eu me sentia bem fazendo aquilo mas, foi no ano de 2017 através do poeta Nelson Lima que eu tive esse interesse para ter o conhecimento do que era literatura de cordel e vi que era algo bem mais do que imaginava, uma literatura com regra, praticamente com matemática devido à sua metrificação, suas r

Monteiro Lobato e a Literatura Infantil no Brasil – por Jénerson Alves

Foto: Divulgação Se estivesse vivo, Monteiro Lobato completaria 140 anos hoje. Em alusão a ele, 18 de abril é o Dia Nacional da Literatura Infantil. O escritor foi bastante ativo na vida cultural brasileira, com obras em formato de crônicas, contos, ensaios e, principalmente, uma série de livros infantis. Esses livros se popularizaram e revolucionaram a literatura infantil em nosso país, ao introduzir a simplicidade e estimular o imaginário das crianças. Lobato foi um homem de várias atividades, como promotor, fazendeiro e jornalista. Ele é o verdadeiro fundador da indústria do livro no Brasil, além de ser um dos autores com maior contributo para nossa literatura. Sua entrada no mundo das letras foi por acaso. Em 1914, como agricultor, mandou uma carta ao jornal Estado de São Paulo, posicionando-se contra a queima das matas em fazendas. O jornal a publicou com destaque, fora da seção ‘Queixas e Reclamações’, estimulando-o a continuar escrevendo. Ao tomar gosto pela escr

“O Evangelho instiga o estudo, a análise, o exame que requer leitura”, diz Nédia Galvão

  Bacharel em teologia e p ós-graduada em ciência da religiã o, Nédia Galvão é colaboradora dO Jornal Batista e uma das mentes férteis que engrandece o país. Nesta entrevista, ela fala sobre os desafios da escrita e a relevância da leitura. Confira: Você tem uma vasta produção textual. Como despertou o talento para a escrita? Olá! Antes de tudo expresso minha gratidão por este honroso convite. Não me considero com uma vasta produção textual, sei que sou como uma gota d'água em um oceano de tanta gente boa que tem inúmeras obras produzidas. Mas, tenho sim alguns trabalhos, artigos e resenhas publicadas em revistas. Tenho um e-book e escrevi um capítulo em um livro multidisciplinar. Também tenho tido o privilégio de publicar alguns textos no Jornal da Convenção Batista Brasileira. Escrever para mim é uma forma de expressar e repassar conhecimento, simplesmente amo! Essa relação de intimidade com a escrita é desde minha infância. Sou da época da escrita cursiva, então lápis

Carta de um soldado romano à sua esposa - por Jénerson Alves

  Minha amada Lucrécia, Espero que estejas bem e saudável. Sempre rezo aos deuses por nossa família. Escrevo-te para dizer que nesta missão no poderoso exército romano tenho sido acompanhado pela saudade de ti. Oh, quanto pulsa meu coração com vontade de rever a ti e às crianças! Há neste sentimento um peso maior do que todo o arsenal da nossa legião. Quero, porém, relatar um fato ocorrido recentemente que muito me intrigou. Por esses dias, foi crucificado um certo Yeshua, que era chamado Rei dos Judeus. Fizemos para ele uma coroa de espinhos. Pusemo-la sobre ele e vestimo-lo com púrpura. Fitando seu rosto ensanguentado, zombamos dele e o esbofeteamos. Ele mantinha um inexplicável e inquietante silêncio. Foi mandado ao Calvário, carregando o lenho. Pena capital comum a tantos criminosos, como bem sabes, minha querida. Porém, confesso-te que havia algo distinto neste crucificado. Durante todo o tempo, seus olhos reluziam um certo brilho, para os quais eu não conseguia o

“Escrever é se desligar daqui para se ligar em um outro lugar”, diz Julyanna Barbosa

  Mestre em Literatura e Interculturalidade pela Universidade Estadual da Paraíba, Julyanna Barbosa se dedica a escrever ficção cristã e vem despontado no universo literário graças ao seu talento e produções criativas. Ela fala com a gente sobre ‘Metanoia’, sua nova obra, e outros assuntos. Confira: Você está iniciando a pré-venda de seu novo livro, Metanoia. De que trata o enredo? “Metanoia” é uma história de encontros e de desencontros entre dois jovens que têm suas vidas marcadas por traumas e por tragédias familiares. Ao longo da trama, o passado de ambos vai sendo revelado e, junto com ele, os pesadelos e as dores que precisam ser curados e deixados para trás. O enredo surpreende e deixa o leitor envolvido com os personagens do início ao fim. Na sua avaliação, de que forma a ficção cristã contribui para a edificação espiritual? A ficção cristã é um importante instrumento para a edificação espiritual (no caso daqueles que já experimentaram o novo nascimento), assim co

Mil cairão ao teu lado - por Jénerson Alves

  O que será de um pacifista convocado para a guerra? Essa pergunta é respondida no livro ‘Mil cairão ao teu lado’, que conta a história real do alemão Franz Hasel, que foi enviado para a tropa de elite da construção de pontes na Segunda Guerra Mundial. Mesmo em meio ao combate, Hasel decidiu ser fiel às suas convicções religiosas, chegando a adotar medidas drásticas e perigosas. Uma delas foi jogar fora a própria arma – ele era o melhor atirador da Companhia Pioneira 699 e queria fugir da tentação de matar alguém. A obra também narra os dilemas sofridos pela esposa de Franz, Helene, e os quatro filhos. Decididos a não fazer parte do Partido Nazista, eles sofreram muitas perseguições e privações. Entretanto, também desfrutaram de verdadeiros milagres. Disponível em várias línguas, o livro foi editado em nosso país pela Casa Publicadora Brasileira. Foi escrito por Maylan Schurch e Susi Hasel (a filha mais nova de Franz e Helene). Em que pese o cunho religioso, não se trata de u