Quando ele nasceu, houve festa. O primeiro filho. Ela – a mãe – se lembrava de quantas vezes sonhou com aquele momento. Tocar no fruto do seu amor. Olhá-lo. Beijá-lo. Se antes de ele nascer a vida já era bela e já tinha sentido, agora passou a ter muito mais. Um pequenino ser havia saído do seu ser. Milagre da vida. Milagre da criação. Em seu coração, ela já estava disposta a amá-lo, a cuidar dele. Ele é o coração dela que bate fora do seu corpo. Porém, quando ele estava com dois meses, teve algumas complicações de saúde. Foi conduzido ao médico. De lá, a outro. E a outro. Encaminhado ao Recife. Foi dado o diagnóstico: meningite bacteriana. Ao invés de se abater e chorar pelos cantos, ela decidiu lutar. Mas, como lutar contra isso? Ela sabia que há batalhas que não se vencem com armas, mas com fé. Ora, se a fé opera pelo amor, quem mais entende de amar, a não ser uma mãe? Benjamin passou 66 dias internado no hospital. Só ela sabe a dor que sentiu vendo o pequeno na UTI